Uma brincadeira que existia nas escolas em que estudei, durante
praticamente todo ensino fundamental. Não tinha regras, líder, tampouco
cronômetro. Nunca soube quem inventou.
Começava sem aviso. Um pequeno grupo se posicionava ao redor de uma
passagem qualquer: um corredor, a entrada de uma sala, um canto do
pátio. Ficavam ali com cara de paisagem, sem dizer ou fazer nada. Então
outros, sem convite (olhares cúmplices valem como convite?) posicionavam-se ao lado, até uns 12 a 16 formarem um corredor. A partir
dali, cessava todo o tráfego no local. Porque o Corredor Polonês estava
formado. Quem passasse tomaria uma série de bordoadas dos que formavam o corredor, com o que tivessem a mão, a pasta, uma blusa
enrolada, pés, tapas, enfim...
Então um corajoso pegava embalo e atravessava a toda
velocidade se defendendo como podia. E chegava vitorioso do outro
lado, passando a fazer parte do corredor. Na sequência outros tomavam coragem e atravessavam.
A coisa ia assim, brincadeira civilizada, até o momento em que tudo
virava baderna (estapeamento geral) ou um inspetor
aparecia. Aí o corredor se dissipava e a molecada voltava a seus
afazeres.
Tem gente que acha que as crianças de hoje, com seus videogames, imersas num mundo politicamente correto, é que se divertem.
Em tempo: meninas bonitas e/ou de desenvolvimento precoce eram imunes ao corredor.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Assinar:
Postagens (Atom)