Ao mesmo tempo o Ale dava umas investidas na Nanda, que era das mais atraentes da turma. Ela não pensou duas vezes e virou vértice de triângulo amoroso como a vida toda censurou. Mas era bom estar com um homem tão carinhoso, inteligente, bom de cama, divertido... e como eram excitantes os beijos escondidos e as idas ao motel! Às poucas amigas que sabiam do romance clandestino ela dizia que era melhor ficar com homem comprometido, porque não pegava no pé, podia levar a vida como quisesse. Mas lá no fundo alimentava a esperança de que ele um dia fosse dela. Porque a Nanda era só do Ale.
Um dia aconteceu. Alguns meses antes da formatura o namoro do Ale acabou. No íntimo Nanda ficou radiante, mas não expressou e continuou discretamente ao lado dele. Dois meses depois o Ale comentou que havia conhecido uma garota com história de vida e gostos muito parecidos, que tinha um filhinho com quem ele se identificou de cara. No último churras antes da formatura ele apresentou a nova namorada a todos, à Nanda inclusive. Era de fato uma relação ainda mais bonita que a anterior.
Passada a colação de grau, o Ale anunciou casamento. A Nanda cuidou com dedicação da despedida de solteiro. Fez questão de fazer com que ele se sentisse um deus, entregou-se de corpo e alma. No dia seguinte, na igreja, seu choro soava um pouco diferente das lágrimas emocionadas das demais, mas deu para disfarçar. Ao menos Nanda sabia que na volta da lua de mel teria sua recompensa.
:: 02.06.2008 ::
23 comentários:
Aproveitando que a mídia já está bombada com as promoções do dia dos namorados, o continho de hoje vem como pré-estreia da superprodução que publicaremos em 12 de junho. AGUARDEM.
Alguns comentários:
1) Por algum motivo, vocês devem perceber, temos dado preferência aos contos recentes; tem a ver com o prazer de escrever que andamos sentindo (no gerúndio mesmo)
2) A história explodiu em nossa lembrança durante uma conversa inteligente com a Iara; agrademos de coração; quanto mais conversas com pessoas inteligentes, mais motes para novos MCPs
3) Antes que comecem a aparecer comentários cínicos sobre o marcador, esclarecemos: trata-se de um conto PARA mulheres inteligentes, e não SOBRE
gostei da observação sobre o PARA mulheres inteligentes...rs, evitando comparações, entre flores e declarações...
poxa, alguém podia ter dado um pônei cor-de-rosa pra nanda e mandar ela descer das nuvens...
bjs
Mulher-capacho. Eu já fui, hahahahha
(ai que vergonha)
Lembra daquele episódio "nós-bebendo-e-encontrando-ex-sogros?" Rendeu!
Meu ex, esses dias: "que bom que vc está saindo, novas amizades... quem era o tatuado?" hahahhaahaa
(pode apagar se quiser, ok?)
Beijo!
Esses dias uma amiga me contou que um peguets dela, em uma briga deles, a disse que ser extra era melhor que ser oficial.
Até concordo que tenha suas vantagens, porém não combina com o meu perfil. Submissa demais, homem faz de gato e sapato, embora ela goze.
Já que é só sexo, ache um solteiro uai...
Uia! Eu realmente pensei que ela tinha aprontado uma inesquecível para o Ale. E que ele só daria conta disso depois de curtir a lua de mel...
Mas, como eu já ouvi uma vez: homem só troca de mulher por pura curiosidade - a do vizinho deve ser melhor...
Mulher só troca de homem porque realmente achou um melhor (seja em que quesito for). E na vingança, não há bicho mais paciente que ela...
Triste mas, se a Nanda fosse menos romântica, teria percebido logo que tamém poderia conhcer outras pessoas ao longo da história e se divertir muito mais...
Se bem que escolhas são escolhas...
Aff... legal que vc retrata a perversão em suas várias facetas...rs
E não, não estudo literatura... hehehe. Estudo outra coisa.
Ah, magoei... queria ter tempo pra escrever um post por dia :(
Abs, Vani.
É tá mesmo movimentada a sua vida né??? Q bom, a mim só resta ler e curtir muito, saudades dos papos legais...
Bj
Nin@
iara - uma coisa que não ficou clara no conto, talvez a gente tenha errado na narrativa ao criar uma "motivadora" para a separação do cara, é o seguinte: SE ELE SAÍA COM A NANDA, SE ERA TUDO LEGAL, POR QUE NÃO ESCOLHEU A NANDA DE UMA VEZ? e é aí que entra o lance da auto-estima
loise - um ser tão completo como a gente e os velhor repararam só nas tatuagens? imagina o naipe dos comentários
lígia (sumida) - mas à boca pequena se diz que experiência conta muito; e experiência está com os que praticam mais, certo? e quem pratica mais?
nesse caso os separados juntam o melhor de dois mundos!!!!! êba!
bruxa - fora o lance da vingança, que é maldade, vc disse tudo; tá no DNA: homens - variedade; mulheres - aprimoramento
jills - acreditamos que as moças fazem essas coisas sem perceber; tá no DNA também
flavinha - sentimos uma negatividade no comentário; e demoramos pra perceber o porque da menção deja vu
odonata - estuda o que então? não sabemos porque seu blog passava essa impressão; saudações ao povo patobranquense
nin@ - 'tamos sempre aqui, querida; e nossa vida anda é um tremendo sossego
Até o dia dos namorados, quando publicaremos uma superprodução em forma de MCP (AGUARDEM!!!!), pretendemos publicar uma segunda versão deste mesmo continho "Balada de uma amante iniciante", em que o Ale fica um tempo sem namorada e só depois reencontra a ex-namoradinha de adolescência. Cremos que assim vai ficar patente o que isso pode fazer com a auto-estima da Nandinha.
Obrigado pela possibilidade de reflexão.
ah ficou implícito...eu entendi sim.
ela tava apaixonada ele não, né? rs
ela só não notou né? e ficou lá sonhando e vendo sinais onde não tinha e não chegou e perguntou...qual é??
imagino assim...
bjs
Um pouco além disso. Ela tava tão em baixa que o cara, quando ficou sozinho, ao invés de ficar com ela foi lá e casou com uma terceira...
Mais dia, menos dia, ela vai se encher e ver que o cara só a está comendo, se é que já não viu.
Mas, ela é que sabe da vida dela!
Quem nunca se envolveu em uma estória parecida? Principalmente quando há a certeza de um homem pra cada 8 mulheres!
Abraços...
toninho - a amor é cego
mamilos brancos - oito mulheres para cada cueca? só se for aí na bahia. já colocamos nosso barraco pra alugar
CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! CLAP!
BRAVO! BRAVÍSSIMO! SOBERBO!
Exagero? Depende da perspectiva. Na minha opinião, retratou perfeitamente e infelizmente.
Quem nunca foi Nanda ou Ale, que jogue o primeiro punhado de arroz.
Conto originalmente publicado em junho de 2008. Daqueles pelos quais nutrimos grande carinho.
E de um tempo em que o povo comentava pra caramba.
Só não reparemoprimeirocomentário. Erameio que véspera do dia dos namorados...
A gente se diverte lendo o conto fictício mas é uma história que se repete muito, pelo mundo afora e quando se gosta... Não dá pra medir muito não, a gente sabe o que deveria ser feito, mas seres humanos são assim complicados, escolhem os caminhos mais difíceis.Conheço tantos casos assim. A ficante que é capaz de tudo, ainda dá conselhos pra ele se dar bem com a oficial. Esse papel é estranho , mas existem casos que a outra é até beneficio pra um casamento,pronto, falei.
Saudades da Louise... pior é que só lembrei que tinha o telefone dela no sábado à noite =(
Não adianta. Ela não atende.
Não tem como eu não ler esse conto sem ficar com essa música aí embaixo ressoando na memória:
"Eu traço tantos planos
Brilhantes, antes
De te ganhar num salto
Mortal, de iniciante
Na pirraça de te ter
Por enquanto, por enquanto
Eu miro o índio que eu sou
No teu ser
E alcanço
Viagens tão óbvias
Loucuras tão sóbrias
De um iniciante..."
Nanda.... sei não. que otaria!
No fundo toda amante quer ser a 1° dama
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