No caminho, deu umas dicas de que aquilo não estava legal, mas a Salete só falou "não é nada". Chegando em casa o Zé desceu o verbo. E se tem uma coisa que sabe fazer é trabalhar no emocional de alguém. Ela é gente boa, gosta dele, mas estava farto de tolerar falta de educação mal direcionada. Entre outras coisas, ele falou que não era motorista, que se fosse para curtir a companhia de uma estátua era melhor ficar sozinho em casa e o principal: "Guria, cuida de quem cuida de você". Anunciou que ia chamar um táxi pra ela.
Salete sentiu. Sabia que homem limpinho e bom como o Zé não era fácil encontrar, se derreteu toda, pediu desculpas, ia mudar. Ele não amoleceu, deixou de esmola devolvê-la no dia seguinte na hora de trabalhar, assistiu alguma coisa na tv e foi pro quarto dormir. Ela foi junto, era o ritual deles. O Zé deitou impassível e não a puxou no colo como sempre fazia. Choramingando, ela se desculpou e pediu colo. Mesmo gélido, o Zé cedeu.
Então Salete, a encantadora de cobras, usou seu talento. Enfiou a mão no pijama do Zé e fez a magia acontecer. Não tem cristão que resista e começaram uma festinha meio mecânica. Foi aí que, não se sabe de que meandro da psiqué perturbada, Salete soltou um "me bate!" Imagine a raiva contida do Zé, diversos maus humores que ele suportou, tudo se projetou para sua mão pesada e descascou um tapaço na cara da moça. Ela se assustou e chorou, mas não parou de transar.
No final, toda melosa e enterrada no colo dele, Salete confessou "eu queria era apanhar na bunda". Lá no fundo o Zé sabia, mas pra que desperdiçar essa rara oportunidade didática?
:: 19.07.2011 ::
12 comentários:
KKKKKK muito bom!
Um abraço
Ah, não gostei mesmo! Se não tá servindo mais pros fins a que se destina, dá uma boa conversada e parte pra outra, bolas! Pra que meter a mão na cara da guria? Decepcionei-me. To achando este Zé meio confuso, hein?
Existe uma teoria cientifica, que afirma que para corpos amortecidos ou sem vida reações extremas podem fazer que uma sensibilidade minima atingida por um sopro violento pode causar a sensação de prazer extremo já que o comparativo é o nada.
hahahaha
maravilhado aqui com o teu blog. muita coisa boa e inspiradora.
já sou um seguidor, abraço!
E aposto que, quando ela pediu pra apanhar, a mão do Zé ficou com uns oito dedos.
Pra pedir algo do gênero, tem que se ter certeza. Vai saber o que o outro vai fazer né não?
A Salete arriscou muito.. haha
Muito bom.
bjos
Tapinha de amor não dói, amizade. Gustavo, dá uma olhada no blog e me dê sua opinião para minha ideia. Valeu.
Vir aqui é uma escola rsrsr, menino de onde vc tirou: falta de educação mal direcionada? Adorei kkk.
Homem limpinho que nem o Zé? ôxe nem tanto viu conheço algumas histórias do Zé nas quais ele não se mostrava tão limpinho assim.Quanto a apanhar pra mim ela fez tudo de caso pensado, ele que não entendeu, ela queria apanhar desde o começo. Bem se o tapa fosse na bunda dela que seria o mais comum no caso, o conto não teria o efeito surpresa.Bem a brincadeira tava mecânica... e então ganhou organicidade rapidamente rsrsr
Pensei comigo, se já fiz isso, que porre hein! Mereceu apanhar.
Mas o Zé tem muita paciência e gosta um bocado dessa Salete ai, eles se entendem.
Eu tenho uma amiga que meteu a mão na cara do namorado enquanto tava em cima dele.Ele retribui com a mesma força.
Bjssss
outro dia o digníssimo se empolgou, meteu-me a mão no maxilar, mordi a parte de dentro da bochecha... ó foi tensa a coisa. aí eu falei em revidar. só que a pessoa tinha tirado um siso dias antes. aí tudo ficou mais tenso de verdade.
Hahahahahah...
Excelente!!!
Vampira falou e disse... sem muitas palavras a complementar.
Zé limpinho, deve ser depois de uma sexta-feira encardida de serviço... saiu com aquela vontade e a Salete tava pedindo pra brincadeira ser diferente né... mulher é desse jeito mesmo, se querem algo diferente, não pedem, fazem por merecer!
Abraços...
Zé "cabra macho"!
Esse tapa fez do Zé o senhor da relação. Respeito, prazer e aprendizado. Salete só vai querer tapa na cara agora. rsrsrs
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