sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O potinho da discórdia (parte 4)

Potinho abastecido, devidamente acondicionado dentro da jaqueta, dia lindo lá fora, o Zé tinha 15 minutos para entregar no laboratório. Rasgou a cidade de moto, beirando a imprudência, mas chegou em tempo. Foi direto ao balcão de coletas e encontrou a atendente, acompanhada de mais duas. Ela fez que não lembrava e ele teve que explicar a situação para as três.

No fim, para disfarçar, soltou um "Com a namorada em casa fica muito mais fácil". Elas nem esboçaram reação. Repassaram o questionário, em que o espermante (associação livre do Zé com "lactante") garante que a coisa é dele, que tem menos de 30 minutos que foi "colhido" e que não sobrou nada, isentando o laboratório de uma eventual gestação artificial.

Missão cumprida, o Zé subiu na motoca aliviado e pilotou calmamente até o trabalho. Mas espera que a história não terminou. No dia seguinte, no trabalho (note o grifo), baixou o resultado pela internet. Tudo normal. Mandou para a impressora coletiva (opa!) e quando foi buscar, meio atrasado, o exame já não estava mais lá. Encontrou pendurado no edital do café.

Ele ainda hoje acusa o pessoal de bullying quando o chamam de Zé Porrinha no corredor da empresa. E enquanto durou o namoro, jurou de pés juntos pra Aninha que tudo se resolveu na salinha do laboratório, e que a inspiração foi ela.

:: 05.09.2011 ::

4 comentários:

A Corporativista disse...

Com a Aninha ninguém simpatiza, né?

Flavinha Mel disse...

"Zé porrinha" é muito boa!!!
kkkkk

Rainha Profana disse...

Então o Zé não fez filhinho na Aninha?
O conto podia mudar de nome ,uma coisa meios Sarteana " A porrinha e o nada". heheh

Valéria disse...

devia ter opção "curtir" nos comentários!