quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Das diversas formas de tornar o filho um macho

O cortiço no fim da rua rendia histórias divertidas para animar as conversas da vizinhança. Eram algumas casinhas germinadas, improvisadas, e, nelas, gerações de famílias amontoavam-se em poucos cômodos. Difícil dizer se a criança era filho, irmão ou neto de alguém. Entre elas tinha o Leozinho, moleque grudento que era o terror quando entrava em casa para brincar. Falava demais, contava vantagem, fuçava em tudo... e a situação se agravou.

A mãe do Leozinho era uma gorda impetuosa, que visivelmente se impingia sensualidade. A ascensão da classe D (bolsa família, bolsa gás, defeso etc.) premiou-os com um aparelho de DVD. Ela então teve a grande ideia de passar filmes pornôs para o filho assistir, desde os dois anos. O pior é que alardeava entre os pares que “assim ele aprende e vira macho”.

Até o dia em que a turminha da rua (os do cortiço e os demais) se enfurnou numa garagem e resolveu brincar de médico ou coisa parecida, e o Leozinho tascou uma dentada no bingolim de outro moleque. De tirar sangue. Necessário explicar o que causou a dentada?

Do posto de saúde (foram só uns pontinhos e um trauma indelével) a mãe do "mordido" foi direto à delegacia dar queixa. A Justa acareou os envolvidos e achou por bem contemporizar.

Dias depois, tudo voltou ao normal na rua, menos as sessões de pornô, pois a mãe desnaturada tomou uma descompostura do delegado e o fato de a presença do Leozinho gerar certo alvoroço e passar a ser monitorada de perto pelas famílias.

:: 13.09.2012 ::

16 comentários:

Guilherme Krug disse...

Cara, parabéns pelos textos.

Finalmente achei algo divertido para ler nos momentos de ócio do trabalho.

Boa sorte pra ti.

Anônimo disse...

Interprete a letra. A Kimbra responde por mim.

http://www.youtube.com/watch?v=8UVNT4wvIGY

Gustavo Martins disse...

Ficamos na dúvida de qual das duas mocinhas é a Kimbra? mas se for pela parte mais significativa, seria a que foi cantada aqui: "And I wouldn't catch you hung up on somebody that you used to know..."?

Anônimo disse...

Now and then I think of all the times you screwed me over

But had me believing it was always something that I'd done

But I don't wanna live that way

A que usufrui disse...

Tem muito "mas" aí nessa história, querida.

Anônimo disse...

Simplesmente

Eu não disse que iriam se aproveitar? Olha só quantas já apareceram. Rsrsr é pra rir ou chorar? O contista quer saber a opinião do texto e não sobre ele, meninas.
Quanto a mim, já sei que vc sabe quem sou. Tudo bem, eu entendo.
Beijo, pq sonhar não é proibido.

Anônimo disse...

Entendeu o recado?
Vc nao é páreo pra mim.

Anônimo disse...

"A que usufrui" ou a "Simplesmente"?

Anônimo disse...

A que disse

Interprete a letra. A Kimbra responde por mim.

http://www.youtube.com/watch?v=8UVNT4wvIGY

Anônimo disse...

Quem não é páreo? "A que usufrui" ou a "Simplesmente"?

Anônimo disse...

O contista nao é páreo pra mim

Gustavo Martins disse...

Somos apaixonados por gente que usa veículos adequados pra mandar suas mensagens.

Anônimo disse...

Simplesmente

Tá , mas não fica zangado não, eu não faço mais isso, prometo. Só fiz essa besteira de escrever aqui pq tava de pileque, senão nunca faria isso (dá até um conto). De bem? Afinal adoro os contos e adoro quando aqui pega fogo, não queria ficar de fora.

Gustavo Martins disse...

Ficamos não. Em tempo: tem que reavaliar aí a hora que você anda enchendo os "córni" de cachaça.

Anônimo disse...

Enquanto os homens contam aventuras que nuncca tiveram, as mulheres tem aventuras que nunca contaram

Cansado disse...

Frasezinha chuleba e de porta de banheiro (ou de leitora de revista Nova) totalmente inadequada ao contexto do conto. Sem falar no tropeço gramatical.

Ela vai pra área de serviço ou não vai, Lombardi?!!!