O Zé está na cama com uma amiga muito bonita, naquele momento "pós", de languidez física e espiritual.
Amiga (despretensiosa): Mas, me diga, essa Salete não aceita um sexo a três entre amigos?
Zé: Ah, eu não pego a Salete. Ela não é meu, nem seu, tipo.
Amiga: E qual é o meu tipo?
Zé: Eu.
Amiga: É, você também.
Zé: E você. Você se comia frouxo.
Amiga (e safada): É verdade. Comia mesmo. E quem não me come frouxo?
Zé: Todo mundo que não te conhece, os caras homossexuais, mulheres sem tendências homossexuais e um canibal vegetariano.
:: 17.09.2010 ::
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Amor e futebol
O causo se passa em Joinville. É necessário localizar geograficamente porque existe uma malandragem sociológica enrustida e pouco explorada na semimetrópole catarinense. A turma jogava futebol toda terça à noite. Era sagrado: a bola rolava até umas oito e meia, depois se enfurnavam no boteco ao lado da quadra e só saíam perto da meia-noite. Liberdade que assume mais importância quando o sujeito é casado. E todo mundo era casado desde cedo na turma.
Uma boa rotina tem peculiaridades. Por exemplo, o Genival sempre dava uma saída por volta das dez, insistia na necessidade de botar os filhos na cama, que sem ele custavam pegar no sono. Onze e pouco estava de volta, sem falha, quando borbulhava uma alegria diferente na rapaziada. Um observador externo e atento captaria até mesmo olhares de cumplicidade.
O fato é que toda terça, naquele intervalo, o Genival passava rápido em casa sim, para dar um alô para a esposa e as crianças, mas o objetivo mesmo era visitar a casa do companheiro de zaga, o Juninho, onde dava uma rapidinha com a mulher deste. E a característica pitoresca em questão é o fato de todos na mesa saberem da travessura do Genival, menos o Juninho. Pelo menos é o que eles acreditavam.
:: 19.11.2010 ::
Uma boa rotina tem peculiaridades. Por exemplo, o Genival sempre dava uma saída por volta das dez, insistia na necessidade de botar os filhos na cama, que sem ele custavam pegar no sono. Onze e pouco estava de volta, sem falha, quando borbulhava uma alegria diferente na rapaziada. Um observador externo e atento captaria até mesmo olhares de cumplicidade.
O fato é que toda terça, naquele intervalo, o Genival passava rápido em casa sim, para dar um alô para a esposa e as crianças, mas o objetivo mesmo era visitar a casa do companheiro de zaga, o Juninho, onde dava uma rapidinha com a mulher deste. E a característica pitoresca em questão é o fato de todos na mesa saberem da travessura do Genival, menos o Juninho. Pelo menos é o que eles acreditavam.
:: 19.11.2010 ::
terça-feira, 16 de novembro de 2010
O que o cu tem a ver com a cueca - o conto
O Zé estava recém separado e a ex-mulher dava um jeito de aparecer na casa, com ou sem ele dentro, para dar uma "cuidada" nas coisas, nos dois sentidos. Nas negociações ela quis sair, pois a casa traria lembranças. E ele caiu na bobeira de não mandar trocar a fechadura, procedimento ótimo para evitar as brigas estúpidas das separações — que acontecem sem distinção de classe e credo, com gente evoluída e gente tosca.
Enquanto isso, já que homem não consegue ficar sozinho, o Zé arrumou uma namorada novinha, bonita que só ela, distraída dessas que não ligam para frescuras de ex-mulher, filhos e separação recente. E que adorava mimar o Zé com presentes.
Para complicar, o Zé tinha uma diarista que cuidava da casa há anos (desde recém casado), senhora de respeito, e que de vez em quando o presenteva, pois ele ajudava sempre que ela precisava. E como a diarista prestava um "serviço de informação" para a ex-mulher, de boa vontade, pois torcia pela volta do casal, é possível que a culpa motivasse mais eventuais presentes.
Essa tripla introdução veio para ilustrar o angu em que o Zé se envolveu. Era época de Copa do Mundo e um dia ele abriu a gaveta e lá estava uma patriótica cueca boxer verde-bandeira, com BRASIL escrito em amarelo. Bonita, de marca, mas... como agradecer o presente? Uma simples menção para a autora errada da gentileza (sim, poderia ter sido qualquer uma das três) desencadearia problemas que o Zé estava longe de poder ou querer resolver. A solução foi engolir a curiosidade e ficar bem quieto. Melhor passar por ingrato que escutar griteiro.
:: 05.05.2008 ::
Enquanto isso, já que homem não consegue ficar sozinho, o Zé arrumou uma namorada novinha, bonita que só ela, distraída dessas que não ligam para frescuras de ex-mulher, filhos e separação recente. E que adorava mimar o Zé com presentes.
Para complicar, o Zé tinha uma diarista que cuidava da casa há anos (desde recém casado), senhora de respeito, e que de vez em quando o presenteva, pois ele ajudava sempre que ela precisava. E como a diarista prestava um "serviço de informação" para a ex-mulher, de boa vontade, pois torcia pela volta do casal, é possível que a culpa motivasse mais eventuais presentes.
Essa tripla introdução veio para ilustrar o angu em que o Zé se envolveu. Era época de Copa do Mundo e um dia ele abriu a gaveta e lá estava uma patriótica cueca boxer verde-bandeira, com BRASIL escrito em amarelo. Bonita, de marca, mas... como agradecer o presente? Uma simples menção para a autora errada da gentileza (sim, poderia ter sido qualquer uma das três) desencadearia problemas que o Zé estava longe de poder ou querer resolver. A solução foi engolir a curiosidade e ficar bem quieto. Melhor passar por ingrato que escutar griteiro.
:: 05.05.2008 ::
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
MiniContos Perversos no PapoFantástica
Fantástica é a primeira revista digital voltada exclusivamente para a literatura fantástica nacional. É lá que você encontra a ficção levada às últimas consequências pela imaginação. E como o MiniContos Perversos também circula por universos paralelos, fomos gentilmente convidados a participar do Papo Fantástica, um projeto interessante em que os editores da revista conversam com um convidado.
Assim, tivemos a oportunidade de levar um pouco deste nosso mundinho vagabundo para os leitores/ouvintes da Fantástica. Para baixar o podcast resultante do Papo Fantástica nº 14, clique aqui. Nem precisa dizer que os temas foram desvirtuados, né?
Assim, tivemos a oportunidade de levar um pouco deste nosso mundinho vagabundo para os leitores/ouvintes da Fantástica. Para baixar o podcast resultante do Papo Fantástica nº 14, clique aqui. Nem precisa dizer que os temas foram desvirtuados, né?
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Evento de lançamento da 2ª edição do livro MiniContos Perversos, agora (tambem) na versão pocket
Leitoras(es), Seguidoras(es) e Perseguidoras(es):
Lembram da happyhour de que falamos no último post? Pois é! Nesta quarta, 10 de novembro, às 19h30, no bar Cana Benta (em Curitiba) acontecerá o evento de lançamento do meu livro, agora na versão pocket.
Esta segunda edição, lançada pela Editora InVerso, vem em formato pocket, democratizando o ainda mais o livro, que será vendido nos check-outs de algumas redes de hipermercados em toda a Região Sul, além de bancas e livrarias. Lembre: sempre que vir o livro na prateleira, arme um berreiro e diga, pra todo mundo que conhece o autor e que o livro é bom!
Mas antes disso, você, que ainda não conhece, tem que conhecer de perto. Então venha prestigiar e compartilhar este momento -- e tomar umas também!!!
:::::::: Lançamento do livro MiniContos Perversos & Outras Licenciosidades pocket
:::::::: Data: 10 de novembro - quarta
:::::::: Hora: 19h30
:::::::: Local: Cana Benta (Rua Itupava, 1431 - Alto da XV - Curitiba/PR).
Um abraço, e até lá!
Lembram da happyhour de que falamos no último post? Pois é! Nesta quarta, 10 de novembro, às 19h30, no bar Cana Benta (em Curitiba) acontecerá o evento de lançamento do meu livro, agora na versão pocket.
Esta segunda edição, lançada pela Editora InVerso, vem em formato pocket, democratizando o ainda mais o livro, que será vendido nos check-outs de algumas redes de hipermercados em toda a Região Sul, além de bancas e livrarias. Lembre: sempre que vir o livro na prateleira, arme um berreiro e diga, pra todo mundo que conhece o autor e que o livro é bom!
Mas antes disso, você, que ainda não conhece, tem que conhecer de perto. Então venha prestigiar e compartilhar este momento -- e tomar umas também!!!
:::::::: Lançamento do livro MiniContos Perversos & Outras Licenciosidades pocket
:::::::: Data: 10 de novembro - quarta
:::::::: Hora: 19h30
:::::::: Local: Cana Benta (Rua Itupava, 1431 - Alto da XV - Curitiba/PR).
Um abraço, e até lá!
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
MCPmate Musa Rebelde - cap. 5 (a revelação) + UM GRANDE TEASER
As leitoras e, principalmente, os leitores deste famigerado bloguezinho marginal aguardavam ansioamente a revelação -- tá bom que os mais assíduos e investigativos já tinham descoberto faz tempo: é com imenso prazer que desvendamos a identidade da Musa Rebelde: trata-se da nossa querida e habituê Única & Exclusiva. Percebam como ela tem bom gosto. Notem o que ela tem nas mãos para se cobrir. Mas não pensem que as surpresas param por aí.
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