segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Nunca aconteceu comigo (versão para o leitor comum)

O Zé conheceu a eleita na noite de sexta, barzão escuro, todo mundo excessivamente biritado. Acordou no apartamento dela, se despediu todo romântico na cama. Não lembrava bem como rolou, mas sabia que tinha rolado.

Trocaram mensagens no decorrer da manhã, combinaram de almoçar. Antes de sair tomou banho, se perfumou e me ligou para pagar um sapo: Não quis sair ontem, né, bunda mole. Fui no Birinights e conheci uma gata meio gótica. Fodemos a noite toda. Agora vou almoçar com ela. Vai ser uma feijuca romântica.

Eu estava enrolado mesmo. E nunca fui fã da fauna daquele boteco.

Quando o telefone tocou de novo antes de eu terminar minha sobremesa de sábado (sagrada), pensei que seria o Zé reforçando a esculhambada. Era ele sim: Cara do céu, passei na casa da menina. Quando abriu a porta achei que era alguém que morava com ela. Cheguei a perguntar por ela. Aliás, não tinha nada de menina, nem de gata. Eu devia estar ainda bem bêbado quando acordei. Imagina meu estado no boteco...  E como desconversar depois de umas cinquenta mensagens românticas e de combinar o almoço? Fiz o que você ensinou. Corri para o banheiro, forcei uma vomitada e disse que ia para o posto de saúde.

:: 08.01.2014 :: Isso de "versão" está melhor explicado aqui.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Nunca aconteceu comigo (versão para leitores experts em minicontos)

Este é o conto cafa prometido no Facebook. Vamos publicá-lo em duas versões para vocês darem seus pareceres. Esta primeira, mais radical, enxuta, voltada a leitores acostumados a minicontos. A segunda, convencional. Queremos a opinião de vocês sobre as diferenças e a viabilidade desta versão.

Ligação 1- Não quis sair ontem, né, bunda mole. Fui no Birinights e conheci uma gata meio gótica. Fodemos a noite toda. Fui embora de manhã. Agora vou almoçar com ela. Vai ser uma feijuca romântica.

Ligação 2 - Cara do céu, passei na casa da menina. Quando abriu a porta achei que era alguém que morava com ela. Cheguei a perguntar por ela. Aliás, não tinha nada de menina, nem de gata. Eu devia estar ainda bem bêbado quando acordei e me despedi. Imagina meu estado no boteco... E como desconversar depois de umas cinquenta mensagens românticas e de combinar o almoço? Fiz o que você ensinou. Corri para o banheiro, forcei uma vomitada e disse que ia para o posto de saúde.

:: 08.01.2014 ::