quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Relatos de um veraneio praiano VII

O caso do catchup - parte 1

Carnaval, tempo bom, o Zé reuniu a turma na casa de praia e a família debandou por não aguentar algazarra. Ou seja, a casa era só deles, sete marmanjos revezando entradas e saídas, bebendo e arrotando, levando filtro solar e trazendo areia, falando besteira e admirando as moças bonitas.

Pós-almoço, alguns já de bode, o Zé e o Renatão foram passear. Na rua principal encontraram duas mulheres bem ajeitadas em seus biquínis e apetrechos de praia, uma tirando foto da outra. E como o Renatão era rápido, se prontificou a tirar as fotos, o Zé entrou no meio, papo vai, papo vem, minutos depois as irmãs adentravam à casa para tomar uns aperitivos.

O Zé, que era da casa, levou a dele rapidinho para o quarto. O Renatão foi com a outra pra varanda, onde tinham as redes. Delicado, o Zé jogou um colchãozinho no chão (o quarto era de beliches) e mergulhou fundo nos amassos. E quando a vestimenta se resume a biquíni, tudo fica fácil. Aliás, complicou um pouco quando o debilóide do Massa abriu a porta e enfiou a cabeça porta a dentro para espiar — e avisar que a galera estava indo pra praia. A moça (na época taquígrafa do então governador) travou de pudores. Mas nada que uns beijos, cafungadas e alisadas não resolvessem.

(continua...)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Faz-se o que dá no pequeno espaço dentro do cabresto

Mauricinho gostava de fazer suas brincadeiras com substâncias ilícitas. Mas a mulher (segundo casamento) a quem ele era devotado tinha o hábito de colocá-lo na linha. Ela liberava no máximo uns baseadinhos, e muito de vez em quando.

O fato é que às vezes Maurício queria mais. Então numa reuniãozinha agitada deu uma escapadela com os amigos "pra pega mais cerveja" e comprou uma bucha da branca. Na festa ele mandou de leve para não dar bandeira com a esposinha.

Em casa, guardou muito bem a parada. Num sabadão, antes de ir em outra festa, resolveu dar uns tirinhos. Foi lá no mocó, procurou, procurou e... achou, ufa!!!, tinha empurrado com os dedos pro fundo mas deu pra pegar.

Então entrou no banheiro e se aproveitou do momento de privacidade. Esticou quatro riscos na tampa da privada, mandou um e entrou no banho. Aquele banhão gostoso, vaporzão... Quando saiu tudo tinha virado um pastão, inclusive o que estava no saquinho, que ele deixou meio aberto sem querer.

Pra não dar uma de elis limpou tudo e jogou na privada. Quando não a esposa, era a burrice que controlava Mauricinho. Na essência, dava tudo na mesma.

:: 12.10.2010 ::

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Relatos de um veraneio praiano VI

Era um balneário bem urbano e cheio de ricos. Meio da manhã, chegamos no bar onde o calçadão termina, muita gente parava ali depois da caminhada para reidratar. Nosso negócio era cerveja.

O bar estava bastante "família" e o sol ficando a pino. Fomos direto na última mesa com sombra. Só que tinha um pug encostado na mesa, era do casal (descolado e moderninho) ao lado. Perguntei se o cachorro avançaria e a dona disse que não, que era manso. Então sentamos e ficamos de bobeira, chegou a cerveja, moças bonitas passavam no calçadão, tudo perfeito.

De tempo em tempo o cara dava água (mineral) para o pug, e foi aí que eu percebi que o cão respirava desesperadamente com a língua de fora, dando uns espirrinhos esquisitos. Falei que parecia que ele ia ter um treco e o dono me explicou que tinham andado 500 metros com o cachorro, que o nariz achatado dos pugs dificulta a respiração, e que aquilo era normal.

Logo depois chegaram mãe e filho no bar com outro pug, idêntico. O garoto começou a rodear o dele no do casal e não demorou para soltarem os dois cães para brincarem no deck. Na conversa entre os donos ouvi que ambos os pugs eram machos. Nem tanto. Para minha agradável surpresa se engataram e proporcionaram a todos do bar aquele espetáculo grotesco e hilário do vucovuco canino. Os donos se apressaram em separar os cães e os mantiveram bem afastados. O casal debandou antes do pug deles recuperar o fôlego.

:: 14.01.2011 ::

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Relatos de um veraneio praiano V

Fim de tarde, quase escurecendo, estávamos os dois calouros na praia conversando com duas mocinhas de trajes escandalosamente sumários. É notório que nas abordagens duplas cada um vai se ajeitando com quem tem mais afinidade. Mas as garotas eram tão soltinhas ("Na nossa cidade lançamos a minissaia que deixa metade da bunda de fora") que a situação ficou meio confusa.

Então fomos os quatro caminhando pela praia em direção à casa delas, que era longe, justamente na região onde a praia fica deserta. E na conversa a loirinha contou que iria buscar o namorado (marombeiro) na rodoviária às dez. Nisso meu camarada, esperto, debandou pro lado da morena, e os casais buscaram privacidade — na praia.
 
O cenário sem quatro paredes fez com que a loirinha se contivesse. Assim, mesmo com as cortininhas repeliu as bolinadas e dedadas, e a dança se limitou ao amasso arfejante. Meia hora depois meu amigo passou e falou, meio desanimado, que ia para casa se preparar pra noitada, e que me encontraria depois. Sinal de que não rolou. Pô, como podem se oferecer tanto e proporcionar tão pouco?

Mas eu ainda tinha chances, embora o tempo fosse curto. Então parti pra cima da moça, literalmente. Ocorre que, voltando ao episódio anterior, ela "tinha corpo de fisiculturista". Depois do terceiro "não" me suspendeu pelos ombros como num supino, e me deitou ao lado. O que me arrefeceu bastante os ânimos. Então ficamos ali namorandinho até que a morena se aproximou e disse: "É bom vocês terminarem logo, que daqui a pouco o babaca do meu irmão vai chegar". Até hoje não sei se a situação foi de corporativismo entre cunhadas ou de ódio fraternal, mas aquilo me deu um tesão até hoje não resolvido.

:: 10.01.2011 ::

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Relatos de um veraneio praiano IV

Eu sou do tempo que neguinho passava no vestibular e não tinha jeito: o cabelo era sumariamente raspado. Junte a isso a brancura das horas diárias de estudo que valeram a classificação numa universidade federal e você tem um bicho de goiaba zanzando pela praia. Não que isso afetasse a autoestima do rapaz: eu tinha passado no vestibular, porra!

Fim de tarde, estava com um amigo também calouro ali sem ter o que fazer — lagarteando, como dizem os gaúchos — e duas moçoilas de corpo muito bem talhado e roupas sumárias se aproximavam pela areia. Fizemos a tradicional abordagem da sereia,  que engatou, e durante a conversa deu para perceber que os trajes eram REALMENTE SUMÁRIOS. A loira bronzeadinha, que tinha corpo de fisiculturista, estava de biquíni de cortininha, e as cortinas estavam totalmente fechadas. Para se ter uma noção do quanto, parecia que ela tinha areia na virilha, mas quando deu pra ver de perto, eram pelinhos pubianos descoloridos. Ou seja: DAVA PRA VER. Aí um interlocutor sagaz pergunta: como você conseguiu ver de perto assim? Porque a outra, morena clara de comissão de frente privilegiada, estava com uma tanga normalzinha, ok, mas usava de top uma camiseta larga e curta que deixava a barriga de fora, e só isso. Então por baixo DAVA PARA VER um panorama completo do que se poderia chamar de belos melões. E como eu dei um jeito de me abaixar para ver aquilo, fiquei perto da virilha da outra e...

Quem é homem sabe que a história poderia terminar aqui, que por si só renderia enredo para inúmeras sessões de autoamor. Mas ela continua.

(continua...)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Relatos de um veraneio praiano III

Minha cidade no interior do Paraná é um tédio. Então me preparei para abafar neste verão. Adoro desfilar minha morenice pela cidade. Pouco importa se biquíni fio dental está fora de moda (meu preferido é o de oncinha). Sou uma delícia e quero mostrar.

Muita gente na praia, muitos homens interessantes. Basta meio olhar e um sorriso que chegam se derretendo falar comigo. Elegi dois bonitões e um bonitinho com quem me divertir. E como são fáceis!

Para não dar confusão dividi meu dia. À tarde eu fico com o bonitinho, que cuida de mim na praia. É só pedir para passar bronzeador quando estou deitada de bunda pra cima que se entrega todo, e se atrapalha para esconder a ereção na sunga apertada. Se eu desamarrar a parte de cima então... Antes de escurecer uns amassos na escada do edifício, mas com cuidado para não coincidir com a chegada do bonitão militar. Este recebo dentro da kitinete mesmo, sexo selvagem e sem requinte. A pretexto de jantar com parentes me despeço dele, perto da hora em que o bonitão playboy chega. Este me banca jantares e baladas e me leva para “dormir” na cobertura à beiramar. De manhã me deixa em casa em tempo de me aprontar e ir à praia esperar o bonitinho — na verdade, de quem eu mais gosto.

E assim segue o rodízio. Pode me chamar do que quiser, mas é o único jeito de compensar o tédio sem fim de um ano inteiro naquela cidadezinha miserável.

:: 03.01.2011 ::