quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Aprendizado de química e empreendedorismo pelo método empírico


Um dia o Zé ouviu falar de lança-perfume, que lá no passado era liberado usar no carnaval, que dava um barato engraçado. Só que não é fácil encontrar as bisnaguinhas do "Aromatizante de Ar Universitário".

Numa festa de garagem a turma deu de cara com um pessoalzinho circulando um tubo de desodorante e caindo pra tudo que era lado. Descobriram o tal loló (leia mais)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Theater home

Esse é o super conto do Victor, amigaço e figurinha carimbada aqui no MCP, que íamos publicar bem no dia em que apareceu na imprensa esta pérola. O Victor sempre se supera quando incorpora o Zé. O título, de nossa autoria, é um tremendo de um trocadalho-do-carilho.

O Zé tinha pegado a Princesinha da faculdade mas não pôde finalizar, ela explicou: "Estou naqueles dias". Voltou para a república a pé, fez amor gostoso, lavou a mão e foi dormir.

No dia seguinte foi o maior love no intervalo da aula. Ele virou celebridade, os amigos queriam saber detalhes como o modelo da calcinha e o design do "cabelo". O Zé só pensava em resolver a situação. A grana, pra variar, estava curta, e na república a macacada não daria sossego, seria queimada de filme na certa.

Lendo a Gazeta encontrada no lixo do vizinho veio uma solução: "Aluga-se ap central mob. só morar f. xxxx-xxxx".

Marcou de assistir um filme com a Princesinha no domingo de tarde, assim dava tempo de sarar da ressaca de sábado. Antes já tinha ligado para o telefone do anúncio, dito que estava interessado mas que estudava e trabalhava e precisaria passar uma tarde no imóvel antes de fechar contrato, e que isso só poderia ser no domingo. O arrendatário, comovido com o rapaz esforçado, passou o endereço e deixou a chave na portaria. Disse para ele se sentir em casa. Isso era mole para o Zé.

A Princesinha chegou de ônibus na canaleta do expresso próxima. Ela estava linda aquele dia. O Zé pediu a chave ao porteiro, que sonolento não comentou nada. No elevador nosso amigo chegou firme mesmo, pois tinham que entrar no apê em ponto de bala (vai que não tivesse DVD). E esse foi o começo de uma longa busca por apartamentos mobiliados em Curitiba.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Nexo dos anjos

- uma vez me fantasiei de anjo, com asa, auréola e bata de lençol. foi a maior quebradeira na festa a fantasia.
- asa daquelas com penas?
- não, asinha bem vagabunda de papelão, algodão e cola tenaz.
- (...)
- mas peraí, esse negócio de pena em asa não faz sentido. gente não tem pena.
- olha o trocadilho...
- sério! pena só dá em ave, e anjo é uma representação humana.
- sem falar que as asas deviam vir no lugar dos braços. ou uma coisa ou outra. as duas juntas fica meio caranguejo.
- asa de anjo devia ser de pele, como asa de morcego. aquela coisa lisa e meio tétrica - falou pensando naquelas representações de "anjos" do inferno.
- e podia ter umas asas peludas também, se o anjo fosse tipo toni ramos.
- credo! por isso eles colocam penas. esse negócio assexuado de anjo já é esquisito, imagina com asa peluda...
- agora me diz, o certo é caranguejo ou carangueijo?

:: 28.11.2008 ::

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Policial e juíza são presos após bebedeira

Tinha um continho de contribuição pronto para ser publicado, mas recebemos esta notícia um minuto antes. Se encaixa na categoria HISTÓRIAS DA VIDA REAL QUE SUPERAM A FICÇÃO. Assim não dá, é covardia. A gente se esforça, faz maratonas criativas para levar contos razoáveis para as leitoras... aí vem a jornalista Valéria Biembengu, do Paraná Online, e com muita sutileza retrata essa pérola. Prestem atenção na cena da velhinha, hilariante. Se a coisa continuar assim na imprensa, desistimos do blog.

A bebedeira de um policial federal (do Pará) e de uma juíza federal do Trabalho (do Mato Grosso) terminou no xadrez. Após se embriagarem em um bar do Batel, os dois resolveram terminar a noite em um Flat, no cruzamento da Rua Doutor Faivre e Nilo Cairo, no centro.

O simples fato de o porteiro pedir para o agente federal Cláudio Vinícius Nogueira de Oliveira, 32 anos, preenchesse uma ficha de entrada desencadeou a confusão. Irritado, o policial atirou duas vezes contra o porteiro e o segurança do hotel, mas não os feriu.

A Polícia Militar foi chamada e encaminhou Cláudio e a juíza federal Rafaela Pantorotto, do Mato Grosso, para o Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), instalado no 1º Distrito Policial.

Ele foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio e encaminhado à Polícia Federal. Ela foi autuada por desacato a autoridade e liberada na manhã de ontem.

ESCÂNDALO - A juíza estava hospedada no flat e saiu para se divertir na noite de domingo. Por volta das 5h, retornou acompanhada de Cláudio. O casal quis subir para o quarto de Rafaela, mas foi advertido pelo porteiro, pois como ele não era hóspede, precisava preencher uma ficha.

Fora de si, Cláudio sacou a arma e apontou para a cabeça do porteiro. Assustado, o rapaz entregou a primeira chave que achou. Enquanto o casal subia para o quarto, ele acionou a Polícia Militar, que supôs se tratar roubo contra o hotel.

Assim que o agente da Polícia Federal chegou ao quarto, teve dificuldades para abrir a porta e chutou, arrebentando-a. Só que o quarto não era o da juíza, e sim de uma anciã (de 70 anos) que havia acabado de deixar o hospital e levou um grande susto.

O casal alcoolizado desceu e encontrou o porteiro e o segurança. A juíza começou a xingá-los e o agente sacou novamente a arma. O segurança do hotel tentou tomar a arma e o agente disparou dois tiros, que por pouco não acertaram os funcionários do hotel.

Policiais militares chegaram e efetuaram a prisão encaminhando a dupla ao distrito. Não contente, o casal deu um novo “show”. Ela agrediu verbalmente os policiais militares e os civis, salientando que era juíza. Mas não tinha documentos que comprovassem a função.

O agente quebrou a porta do xadrez com um chute, após ser preso. Depois do “barraco” foi confirmado que ela era juíza federal (passou em concurso em 2006) e foi chamada uma colega de serviço dela para acompanhar o flagrante.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Mutante

Vestido longo de cetim, comprimento exato, justo, um grande dragão vermelho tatuado nas costas. Entre o decote e os cabelos longos, entrevê-se a cabeça, olhos demoníacos e parte do pescoço da besta. (leia mais)

:: 01.04.2003 :: Publicado na revista de contos Bestiário

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Peluda

Na sua lógica peculiar o plano era infalível. Deixar tudo crescer como forma de espantar não só os pretendentes como também os próprios dedos (leia mais)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Se desse para comprar razão, eu pagaria para se livrarem da minha

Um dia, lá pelas dez da noite, saí do escritório e, ao deixar bater a porta, que tranca sozinha, dei conta que minha carteira e as chaves — do carro, de casa e daquela porta maldita — haviam ficado para dentro (leia +)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Surreal rabiscado no guardanapo

Pode ser nossa mente poluída, mas quando olhamos pra essa pequena obra de arte de autoria do amigo Rubinho, só uma coisa vem à cabeça.

Pedimos, então, para vocês olharem com carinho e manifestarem, ali nos comentários, o que enxergam nesse "abstrato".

Esgotadas as manifesrações, vamos revelar o que vemos e, o mais interessante, do que trata realmente a ilustração.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Upgrade do golpe da barriga

Não teve recurso na justiça que resolvesse o problema do cidadão. Beirando os sessenta, acolheu uma ex-funcionária de vinte-e-poucos que tinha acabado de dar à luz uma menininha linda. Terminado o resguardo, os dois sob o mesmo teto, óbvio que virou romance.

Sensibilizado com a situação, a pedido da namorada o babão registrou a nenê como filha, mesmo não sendo o pai biológico. O que o amor não faz, né? Só que logo após o reconhecimento, a moça ingênua rompeu o romance e ingressou com ação de alimentos contra ele.

Caso fosse comprovado se tratar de um "golpe da barriga" (falsa informação de paternidade por parte da mãe), a pensão seria anulada. Mas o cidadão assumiu espontaneamente a menina, o que basta para a justiça. O que interessa é a proteção da menor — que no caso, é a única inocente nessa história. Por enquanto.

:: 06.03.2008 :: baseado em notícia de jornal