..........primeiro beijei a mão
..........depois beijei o chão.
..........ela, minha lua maldita
Para piorar segui com os rituais de autocomiseração — ouvir "nossas" músicas, olhar "nossas" fotos, uivar. A lembrança digeriu minha alma pelas bordas.
Veio a noite platinada e ao invés da pelagem densa e caninos hipertrofiados amanheci velho e desdentado. A dor do grande amor perdido me privou até da coordenação motora, ando tropeçando e esbarrando em tudo (lembrou quando, na adolescência, cresci quinze centímetros num ano), cabelos brancos, enrugado, encurvado, impotente, olhos baços de catarata, hálito fedido, sem medo cuspir impropérios a quem quer que seja, o idiota maldito da noite. Senil.
(19.02.2008)
7 comentários:
A gênia aqui teve que ler duas vezes para entender o lobisomem, pode? Hahahahaha!
Muito bom.
Será este inspirado em um filme que assistimos no fds passado???
Como comenta Ana Paula... Muito bom!
Saudades... Beijos
Melhor amar a Lua do que não ter nada pra amar! É horrível estar insustentavelmente leve!
O próximo continho é do Zé. Ele está morrendo de saudades daqui!
Até segunda, queridas!
mflmkA lembrança digeriu minha alma pelas bordas.
achei genial essa linha poética.
e tenho dito
Surreal.
:)
Já estão linkados no Smile!
Ah, não me lembro como cheguei até aqui, só sei que cheguei e gostei!
Hahaha.
Bjinhos.
Quando eu li o título pensei em Kafka, depois eu li o resto e esqueci Kafka. A sua metamorfose é melhor do que a "barata" dele rsrsss
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