terça-feira, 11 de novembro de 2008

Peluda

Na sua lógica peculiar o plano era infalível. Deixar tudo crescer como forma de espantar não só os pretendentes como também os próprios dedos (leia mais)

30 comentários:

Bem Resolvida disse...

manda esse texto pra Claudia Ohana!!!

Altavolt disse...

Claudia Ohana que por sinal voltou à Playboy! Não antes sem ter enfrentado o cortador de grama do Gustavão! Tempos modernos, rsrsrs

Anônimo disse...

Vc não vai acreditar, mas estes dias numa mesa de bar numa roda de amigas e muitas caipirinhas uma doidinha gente boa contou esse mesma versão para castigar o marido.Mas o final é que ela não aguentou uma semana com o novo penteado que terminou pintado de azul.

Vanessa Gonçalves disse...

hahahahaha... adorei. Fugir dela mesma.. verdade. Bom, muito bom texto.

Anônimo disse...

Um cinto de castidade de pentelhos,isso sim é acabar com os desejos.
Quando mulher quer dar nada segura tampouco pentelhos isso sim.

Anônimo disse...

Putz, Claudia Ohana total.
Se bem que aquilo, nem com tesoura de jardineiro.
ARGH.

Erik disse...

hahaha Os planos são geralmente melhores na teoria... a prática é muito chocante!rs

Nem Li disse...

HUAIhaUIhAuiAHiuA

A "Bem resolvida" foi foda. HAuiAHuia


Morro de medo de ficar velho e ter pelo branco no saco.
Deve ser triste.

Danielle Lima disse...

Caraca! Pensei na Vera Ficher, isso sim!
Cara, tem um episódio do Sex in the City que a Samantha descobre um pelo branco tb e pinta de vermelho, fica que nem o Bozo...é impagável!
Qto a afujentar os homens com a mata peluda, ih, isso é maior furada! É justamente nesses dias que vc encontra O CARA e dá aquela vontade de trepar em todos os lugares possíveis...rs

Beijos!

Anônimo disse...

O que mais me espanta não são nem os pelos ou a falta deles (ainda há os que gostam muito da coisa 'natureba'), mas sim o raio da vontade de afugentar os pretendentes e até os próprios dedos! Por que raios essa mulher estava passando, homem? Bem, fosse o que fosse, passou, certo?

Anônimo disse...

Fora isso... várias mensagens subliminares no microconto.

Anônimo disse...

quem dera a Claudia Ohana pensasse assim... não teria assustado tantas pessoas todos esses anos...

Daniel Salles disse...

Sadomasoquismo? Auto-flagelação?? O que deu na cabeça da pobre ovelhinha??

Anônimo disse...

Pô! No fim sobrou para a C.Ohana! kkk
Olha, estar cheia de cabelos brancos é uma coisa que mulher aguenta legal. Cabelereiro resolve e ainda a deixa feliz.
Mas, pelinho branco... Assustador!

beijinhos

Lyn Monroe disse...

eu também acho q qdo mulher quer mesmo, nao tem pelo demais q impeça! rs

Anônimo disse...

po... pelo branco 'lá' é foda.
hahaha

Fernando Ramos disse...

Na boa, não me assustaria com a mata densa. Agora, neve na mata, não há caçador que aguente.

A bem resolvida lembrou a Cláudia Ohana. Realmente o negócio ali tá denso. Com a "maquiagem" que ela fez, a Playboy nem precisou gastar dez páginas da publicação com fotos de pés. Esconder o que qeuremos ver, pra quê, se já está escondido?

Bom mesmo era a Vera Fiscer! Ah, Verinha...

Gustavo Martins disse...

Coincidência é eu receber o texto abaixo (antiguinho, mas divertido) justamente quando esse "Peluda" está no ar, de alguém que não acompanha o blog...

Apreciem...

"Tenta sim. Vai ficar lindo!"

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa.

Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.
- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.
- Cavada mesmo.
- Amanhã, às ... Deixa eu ver... 13h?
- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava. Coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.

Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. "Oba, vou ficar que nem ela, legal.."

Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas.

Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas: uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça.

Meu Deus, era O Albergue mesmo.

De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo. Mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.
- Quer bem cavada?
- ...é... é, isso.

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão que esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda .
- Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).
- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?

Ela riu. Que situação!

E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar ... Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu.

Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa 'que garota estranha'. Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. 'Me leva daqui, Deus, me teletransporta'. Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar.

Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la.

Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu twin peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia.

Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos?

E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali.

Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.

Porra ... por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora... A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope.

E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha? Como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho?

Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar... namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho e sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso.

Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.

CONCLUSÃO: o pior de tudo mesmo é que vai crescer, vai coçar, e você vai ter que fazer de novo !

Nem a pau juvenal!

Louise disse...

HAHAHAHAHAHAHAHAHHAAAAAA
Mimijei de rir!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Nossa terapia da tortura rsrrs...fazia um tempão que não ria tão gostoso, fiquei imaginando a cena, os detalhes citados e claro não posso negar me deu uma vontade enorme de matar a Penénole, assim como a protagonista. Mulher passa por cada uma....rs
bjos

Anônimo disse...

off 1: linda foto nova!
off 2: passei! passei!!!!

Rodolpho Dutra disse...

Odeio pelos, até em mim...

Isso é o pior pesadelo que eu poderia encontrar na minha pobre vida.

Ainda bem que minha esposa é bem lisinha. HAHAHA!

Até rapaz

Gustavo Martins disse...

bem resolvida / alta / louise / fernando - estamos na maior enquete aqui pra descobrir se a ohana tá peluda no ensaio novo... quem tiver uma prévia manda por e-mail?

alana - pintou de azul o "penteado"? aí é que o cara fugiu de casa

kf - é, bela. auto-sabotagem

anônimo / lyn - o dito popular é assim "água morro abaixo, fogo morro acima e mulher quando quer dar, ninguém segura"

edu - é, mas os cientistas que inventaram o viagra e o extasy devem ter se divertido pacas

nem li / sra. mirian / lih - nem falem; pior seria chegar no salão e pedir: manda um biocolor aí na pentelheira

dani - da nossa parte, somos grandes opositores da manutenção capilar pubiana feminina; é algo como colocar um poster do renato russo na parede => nada mais anti-concepcionante

sabe que tem moça que usa essa desculpa para se esquivar de uma noite quando não tá a fim de ficar com o cara? (ANOTEM MENINAS, pq aquela de dizer que tá de chico tá ultrapassada hj)

maria - várias, bela; obrigado por perceber

ragas - tem cara que gosta; mas te dizemos uma coisa: somos muito felizes por termos iniciado a "atividade" já nos depilados anos 80

fidel - é, e tá rolando na net aquela piada do cara que chega no quarto, a mulher na cama e uma ovelhinha embaixo do braço... tá na moda

clau - ah, tá que não passou pela experiência... haha riu pela identificação (atentem que é comentário do comentário do comentário)

de la mancha - então, caro, vc se assustaria mais cxom a imagem do conto "Peluda" do que com a do anterior "Quando eu estava viva...."; hehe, bom demais

e não faz propaganda não que o povo aqui é pra lá de maldoso!

Fernando Ramos disse...

Em qual e-mail? Pode ser no do Gustavão?

Anônimo disse...

ma' que prévia, homem? vai na banca e compra a revista!

Gustavo Martins disse...

fernando - sim, naquele que você tem

maria - imagina, morremos de vergonha de comprar revista de mulher pelada; o que vão pensar da gente?

Daniella K. disse...

A moça deveria ter unido o útil ao agradável e convidado um mancebo pra ajudar no desmatamento. Lâmina indo, dedos vindo... de bônus ela ainda ganharia uma fogosa inauguração para o novo visual.

1000 beijos.

Toninho Moura disse...

Olha, mulher peluda só no circo!

Téia disse...

Pois é... permita-me viajar um pouco em minhas idéias cabeludas... não vejo os pêlos deste conto como 'pêlos' de verdade... vejo-os como uma metáfora... uma representação de tudo aquilo que fazemos de errado em nossa vida para nos proteger da felicidade. Por exemplo: trabalhar demais, beber ou comer em excesso, depressão, agressão no trânsito, falta de carinho dentro de casa, traição, ambição desmedida, vaidade exacerbada, competição desleal, solidão... isso tudo faz abafar as nossas verdades... os nossos verdadeiros anseios... e algumas vezes, a nossa própria natureza. E tudo vai indo bem. Nada nos penetra... não somos felizes... por outro lado, tampouco somos magoados. Só que aí vem o susto: o tempo... representado aqui através dos pêlos brancos... o tempo é uma variante inflexível... não importa o que façamos para ludibriar as pessoas ou os sistemas... o tempo estará sempre correndo contra nós... e então, encurralados pelo inexorável, desesperados, corremos atrás da nossa verdade armados até os dentes. Nossa amiga peluda teve sorte.. reencontrou seu prazer intacto por debaixo de todo o pêlo que deixou crescer para se proteger... nem sempre é assim que as histórias terminam. Moral da história: depile-se de tudo que o impede de ser feliz AGORA.

Téia disse...

Agora preciso ir... tenho que terminar de arrumar minhas malas... 30 dias no litoral do RS lembra? Vou sentir saudades do Blogg... viciei. Ok... não precisa ficar com ciúmes... vou sentir falta de você também. =o)

Se eu encontrar uma lan house legal por lá, prometo que apareço de vez em quando. Promessa de escoteiro.

Beijos e mais beijos.

Rê.