sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A vizinha

A fotógrafa Lu Campos contribuiu no MCP lá nas antigas. Digamos que ela seja quase uma anônima. Preferimos, assim, manter a identidade dela no sigilo. Mas os relatos dela são soltinhos e safados. Este só não foi pro ar na época devido a uma divergências em relação à foto... Agora está aqui pra você se deliciar, na III Semana da Contribuição MCP.

Casei aos 28 anos, apaixonadíssimo. Minha mulher a Cláudia,  é uma morena de dar inveja, é tudo que eu sempre quis, mas a vida é cheia de surpresas.

A primeira vez que eu vi a vizinha foi num daqueles dias que a sua mulher acorda "de chico” e resolve que você será o único “condenado” durante todo o ciclo menstrual! Eu tava puto, desgostoso da vida, contando os andares que pareciam intermináveis até a portaria, me maldizendo por não ter escolhido um apartamento no térreo, quando elevador parou no sétimo andar e entrou ela...

Sou um cara pacato e até sério, não costumo dar trela para mulher nenhuma, mas naquele dia... dei-me o direito de olhar. Ela devia ter uns vinte e poucos anos, cabelos curtos, camiseta colada no corpo que deixava aparente os bicos arrepiados, bunda arrebitada num short rasgado e deliciosamente sexy. E os olhos? Eram de um azul hipnotizante, quase transparente. Juro que tentei ignorara e manter minha cara séria, mas quando ela abriu um sorriso largo e malicioso e com aquela voz disse "Bom dia vizinho", tremi.

E não é que alguém lá em cima resolveu brincar comigo? De repente, sem mais nem menos, do nada o elevador deu um solavanco, fez um barulho estranho e simplesmente parou... Não sei o que me deu, mas não pensei duas vezes, naquele breu (elevador antigo é uma beleza) fui tateando no escuro e encostei a vizinha num canto e meti a língua na sua boca, agarrei-lhe a cintura e a virei contra a parede de costas para mim. Alucinado de tesão enfiei as mãos por baixo da camiseta apalpando seus mamilos duros e com a outra mão fui abrindo o zíper do short... Podia sentir sua respiração ofegante e o coração disparado. Entre gemidos e sussurros, num frenesi de prazer, sem trocar palavra, eu a penetrava ali mesmo, agarrava seus cabelos e falava as besteiras que me passavam na cabeça, enquanto ela se contorcia e gozava deliciosamente...

Nem lembro em que momento o elevador voltou, só que tudo aconteceu tão rápido, que se tivesse pensado não teria feito. Não perguntei o nome e ela também não perguntou o meu. Embora ainda a encontre de vez em quando, sem que precisássemos combinar não trocamos palavra sequer depois disso, nunca mais. Foi como se nunca tivesse acontecido, como se fosse irreal, um segredo velado com minha deliciosa vizinha do sétimo andar.

5 comentários:

Unknown disse...

rsrsrsrs, Adorei voltar ao MCP!Nem lembrava mais desse conto!Um abraço Gustavo!

Patrícia Garbuio disse...

Eu já admiro o trabalho da Luciana como fotógrafa.E agora mais ainda,excelente conto!
bjssss

Vampira Dea disse...

Deve ser uma delicia uma surpresa assim concedida no elevador, com a sorte dele demorar a funcionar.
Agora acho engraçado que nos contos ninguem usa camisinha.
Sabe eu até gosto de bala embalada rsrsr

Gustavo Martins disse...

Luciana - muito bacana você dando as caras aqui! para as curiosas, mistério resolvido!

a propósito, sensacionais as fotos do seu blog

Patrícia - vá de modelo, juntem as forças (modelo + fotógrafa); e claro, queremos ver o resultado!

Vampiradea - ah, amiga, nos contos ninguém usa camisinha (o seu "até gosto" explica; só na vida real TODO MUNDO usa camisinha

Patrícia Garbuio disse...

Eu seria modelo com todo prazer...