quarta-feira, 30 de julho de 2008

Robervaldo e o Passeio Público II

No começo de junho publicamos uma contribuição do nosso amigo Daniel Trein, com as proezas do Robervaldo, atendimento júnior (com idade de sênior) de uma agência de propaganda em que ele trabalhava (deixa a preguiça de lado e vai lá ver). Hoje vai a segunda aventura. Uma característica legal nessa narrativa é o fato de haver um conto dentro de um conto.
Só pra lembrar PASSEIO PÚBLICO é um misto de zoológico e parque no centro de Curitiba, inaugurado em 1886 (sim, no século XIX). É popular, sombrio e ponteado de árvores seculares, e uma marginália peculiar ronda a região.

Mais uma do nosso amigo Robervaldo e seus passeios pela região do Passeio. Estávamos em momento de inspiração publicitária, conversa vai, conversa vem, falando de mulher, óbvio. E não se sabe daonde surgiu o papo de travecos, boiolas e similares. Adivinha quem apareceu com uma história?
— Gente tenho uma experiência triste nesse assunto.
— Nossa, o Robervaldo ficou sério. Que foi que aconteceu?
— Sabe como é, eu era solteiro e fui dar minhas voltas lá pelo passeio público.
— Cara não tinha lugar melhor pra ir? Ou era só lá que você conseguia alguma distração?
— Lá era, e ainda é, um lugar legal pra pegar umas minas.
— Na próxima vez que você for me avisa pra eu dizer que vou não ir.
— Vocês querem ouvir a história ou não?
— Manda ver, Robervaldo, já estamos curiosos.
— Então, estava passeando por lá quando vi uma gata, linda, toda gostosa, sentada num banco. Quando ela me viu deu um sorriso discreto. Dei uma volta e passei por ela de novo, ela me olhou, deu mais um sorrisinho e se insinuou bem de leve.
— Tipo te chamou com o dedo pra perto dela? Deu uma piscada e uma cruzada de pernas? Mandou beijinho e deu aquela mexida do cabelo?
— Não, não, ela só me olhou direto nos olhos.
— Nossa! Mulher fatal. E daí o que você fez?
— Dei mais uma volta. [nota do blogueiro: já ouviram falar em footing?]
— Pô, Robervaldo, pára de enrolar. Você queria que ela te pegasse na mão para conversar?
— Tava fazendo charme.
— Continua aí!!!
— Na outra volta, ao passar por ela fiz um sinal tipo "posso falar com você", e ela no ato balançou a cabeça indicando o seu lado no banco. Imagina cara, uma gata, domingo, sozinha no Passeio... e me convida pra sentar!
— Ih, tem coelho nesta cartola.
— Pois é, fui em direção a ela, todo faceiro. Conversa vai, conversa vem, começamos a nos beijar freneticamente. Quando ela pegou nas minhas coxas a arrastei para um banco mais escondidinho. Comecei a passear minhas mãos por aquele corpo maravilhoso, peitos, coxas, o negocio começou a pegar fogo. Aí ela se atracou no meu dito cujo, sinal para eu encher a mão na perseguida. Só que, cara, o volume que tinha ali era maior que o volume na minha calça. Quando eu pulei para o lado assustado ela me disse com aquela voz de Pato Donald: "Ih, tolinho, pensei que você já tinha percebido".

20 comentários:

Gustavo Martins disse...

Pessoal, em breve uma super aventura, épica, do Zé & Cia. no Passeio Público. Nossas fontes nos falaram que essas histórias do Robervaldo trouxeram resquícios de lembranças que desejavam ser apagadas. E, convenhamos, são as melhores.

Anônimo disse...

Putz, Gustavo, só vc pra me fazer rir hoje viu?
Minha mãe falava em "footing". Eu nunca entendia, até que meu irmão mais velho, depois de tirar carteira, começava a dar aqueles indefectíveis "rolês" na Av. Batel nas tardes de domingo (argh). E minha mãe dizia então que ele ia fazer "footing" na Batel, hahaha

E a "voz do Pato Donald" encerrando o caso... hahahaa, perfeito!!
Bjo

Anônimo disse...

Voz de Pato Donald? kkkkkkk

Mas, olha, esse cara sabe contar uma história! kkkkkk

E footing, só vim a saber o que era, quando fui passar férias numa micro-cidade do interior paulista e na minúscula praça ficavam dando voltas e voltas grupinhos de "meninas" e de "meninos". Me explicaram que aquilo era footing.
- Ok. Mas... para que serve?! Todo mundo já se conhece aqui!

Gustavo Martins disse...

Macho mesmo é o cara que faz uma volta inteira de footing numa pracinha dessas de cidade minúscula, com igreja e tudo, mas com o bilau pra fora do ziper, assim como se nada diferente estivesse acontecendo (em estado de descanso, óbvio)

iaiá disse...

gustavão

footing tb descobri a existêncai do termo com mmamys...visitando acidade onde ela nasceu, interior de SP.
ce tem quantos anos mesmo???rs
ui era maior que o dele é????
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
era parente do ronalducho?

amei....

Anônimo disse...

Macho exibicionista, né?

Índia Jurema Preta, Bicho véio, Filosofo Fabriciano disse...

Ficou do caralho!!! Dá para sentir as pausas para cerveja na conversa.

OBS.: Só descobri oq é footing agora.

Abraço,
Vitinho

Gustavo Martins disse...

Lou/Iara - Olha, a gente nunca fez footing (fora os do Batel e Barigüi), mas o Zé foi categórico ao afirmar que fez muito isso lá no Passeio Público, na década de 80

Senhora/Bruxa - Depende; dependendo do tamanho ninguém ia nem perceber

Vicotr - Esse caso não aconteceu na saudosa Complan, onde durante o expediente essas conversas eram, sim, regadas a cerveja, principalmente nos dias mais quentes; agência boa é assim: os caras vão trabalhar de chinelo e bermuda e tomam cerveja no expediente

Eu digo que esse mundo tá ficando sem graça...

Maria disse...

Tá vendo! Se aconteceu com o Robervaldo, por que não poderia acontecer com o Ronaldo? rsssss

iaiá disse...

é tudo começa com ro.....e termina com aldo e tinha um pinto no meio!
hahahhahhahah

Alessandra Castro disse...

Pobre Robervaldo. Essas coisas acontecem mesmo neah? Tem muita coisa estranha solta no mundo mesmo hj em dia, uma dica para ele: Pomo de adão cara...Não dá p/ fazer sumir.

Gustavo Martins disse...

mariamélia/iara - a diferença, queridas, é que o robervaldo não sabia

mary west - e homem fica olhando pra pomo de adão? o radar está sempre voltado para bundas, coxas e peitos, aquilo que estiver mais à mostra nesse contexto

é aquela fórmula inquestionável: bundas/coxas/peitos estão para os homens assum como a carteira está para as mulheres

Anônimo disse...

Cuméquié?! Com que raios de mulheres tem andado, meu caro?!

Ofendidíssima.

Camilla disse...

Hauahuahua coitado do Robervaldo...
Tô dando muita risada aqui!!

Anônimo disse...

ô lesado!
FELIZ DIA DO ORGASMO, HAHAHAHAHA
(não que precise ter dia pra isso, né??)

Jurava que ia ter um mcp sobre o assunto, hehehe

Bjo!!

Gustavo Martins disse...

Em homenagem ao comentário d'A Senhora, vamos dar uma dica de culinária. Todo mundo tem percebido que a culinária está cada dia mais simples, porém, sem perder a sofisticação. Um exemplo é essa receita de bacalhau com cerveja.

Ingredientes: mulher, bacalhau, espinafres, azeite, alho, cebola,
batatas, sal e cerveja.

Modo de preparo: ponha a mulher na cozinha com os ingredientes e
feche a porta. Tome cerveja durante duas horas e depois peça para ser servido.

É uma delícia e praticamente não dá trabalho.

Bom apetite!

(obrigado, Lou, e feliz dia do orgasmo para você também, e para todas as perversettes)

Anônimo disse...

Obrigada pela homenagem sincera...

Odeio bacalhau.

Só não respondo mais porque vou torrar o dinheiro do meu marido no cabelereiro.

beijinhos...

Anônimo disse...

Isso mesmo: vendetta!

Monica Baumann disse...

Oi! Tem presente pra ti lá no Toques. Bjuuu

http://monikabaumann.blogspot.com/2008/07/reconhecimento-sempre-um-prazer.html

Gustavo Martins disse...

Comentário em off d'A Senhora Bruxa, que tomamos a liberdade de colocar aqui.

"Pô! Bacalhau?!

Podia ser trutas, salmão, pescada. Mas, de preferência trutas ao azeite e alho. Receita espanhola e é uma delícia.

Lugar de mulher nào é na cozinha, a menos que o laptop dela esteja na cozinha, porque os pestes tomaram conta do escritório, claro.

Agora, mesmo que ficasse na cozinha, e eu adoro cozinhar, saber que o meu tempo na cozinha vai ser liquidado por duas horas de cerveja - sim, porque não há paladar que aguente a duas horas de cerveja! - tenha dó! Que seja um vinho, pelo menos!"

Bem, de nossa parte não comemos salmão, truta, pescada e muito menos bacalhau. Mas podemos garantir que nosso paladar resiste a três horas de cerveja.

De hoje para amanhã publicaremos um conto experimental. Meio de assustar.

Monika - obrigado pelo carinho; daqui do trabalho não conseguimos ver, mas agradecemos desde já.

E juramos de coração que passaremos horas devidas em imersão nos blogs dos amigos e das perversettes. Sim, estamos em dívida. Mas essa história de blogspot bloqueado na empresa... Assim vamos acabar tendo que trabalhar de verdade