terça-feira, 21 de outubro de 2008

Fábula sem moral

toc-toc-toc
a mocinha romântica chega à porta e pergunta "quem é?"
"é o amor!"
entusiasmada pelo sentimento nobre, há tanto aguardado, ter finalmente dado as caras, ela abre a porta ansiosa (leia mais)

33 comentários:

Anônimo disse...

normalmente não tem... e se tem, é só para uma das partes que adora ver-se no espelho. o outro? que outro?

Gustavo Martins disse...

alguém já viu macho com tpm?

pois é!

Bem Resolvida disse...

esse foi meu texto preferido dos últimos tempos!!!

hahahah

bete disse...

gustavão

texto tão perfeito.
e faço minha as palvras da senhora.
só pode ter algum final, feliz par quem assim acha, se o outro se anula e só sobra o espelho.
bj

Sargento Peixoto - O Monge disse...

O amor é lindo, pena que vêm cheio de agregados junto.

Eventualidades. Quanto ao final, se todo final fosse feliz não existiriam coisas realmente interessantes para serem lidas.

Abraço.

Anônimo disse...

Gustavão mais uma vez provocando polêmicas na blogosfera.

Certamente não foi o amor que bateu à porta da menina. Devia ser um outro sentimento que todo mundo insiste em chamar de amor. E que de tempos pra cá temos acreditado se tratar mesmo do amor.

Eu, como uma "quase mineira", sempre desconfiando das coisas.

Daniel Salles disse...

No limite entre o amor e a loucura, surge o sentimento de posse...apesar dos muitos 'talvez' que envolvem a história, talvez seja a hora de questionar alguns valores de artificialização da boa e velha sociedade de consumo...ter nem sempre é possuir!

Erik disse...

Nuvens carregadas no horizonte?

Anônimo disse...

Bom, que taque a primeira pedra quem nunca quis "um homem pra chamar de seu..."

"... desilusão meu bem,
quando acordou estava sem ninguém...
xiiiiii..."

(eu devia logar como a recalcada, hahaha)

Nem Li disse...

AHUiahiauhaiAU

otmiiiimu!

Anônimo disse...

Gu....
Amei... e não poderia passar por aqui sem deixar minha opinião, já que sou uma sentimentalóide. A construção de imagens e cenário é interessante, realista e palpável consegue se manter simples e fascinante, sem sarcasmoo que confesso é o melhor...rs
bjos

Altavolt disse...

É, Gustavão, o tal do Lindemberg, aqui de Santo André, deve ter recebido a visita dessa dupla há algum tempo. Deu no que deu...
Abraço.

Flávia Batista disse...

putz... muito bom esse texto...
axo q é dificil mesmo separar o amor da posse... pq será q as coisas são assim hein?!
afffff...

bjao

o que me vier à real gana disse...

Sim, este tb é mais um blog k vale a pena. Parabéns!

Unknown disse...

Pois sabe que estou parcialmente afastada da blogsfera por causa desse infeliz que veio junto!!
Maldito!! hehe

Larissa Santiago disse...

e entra mesmo, as vezes sem nem ter nossa permissaoo!
:P

Anônimo disse...

É depois do surto de romantismo...Puff...vc nos devolve pra realidade...porém com toda a razão que lhe é peculiar...
Abraço

Leandro Fonseca disse...

E o que é o amor sem o sentimento de posse? Alguém aí já viu isso?

Anônimo disse...

E quem nunca foi Otelo nessa vida que atire a primeira pedra. O erro não é o "erro" em si. O erro é a repetitividade.

Anônimo disse...

Espetacular!!!!
A última frase foi sensacional!!!

Anônimo disse...

Gustavão, tem microconto novo no blog...passa lá!!

Via de Mão Dupla

Abrazzo Ragazzo

Fernando Ramos disse...

Não teve final feli pra mocinha, né. Porque pro sentimento de posse o final é sempre feliz. Porque ludibria, e isto é atingir o objetivo, o happy end.

Taynar disse...

Confesso que sempre tenho essa relação à três, mas também assumo que não espero pelo happily ever end. Me contento com o real.

Beijos, moço

Mariana disse...

Chegou mais um fim de semana.
Que bom!!!
Espero que ele seja ótimo pra você!
Beijo

D.J. Dicks disse...

meu caro nunca tem final feliz... fazer o que......? o que fazer?, mocinhas sempre esperam um prince,, deve ser Brigte Jones nelas. Que historia é aquela de homens são de Martee Mulheres são de venus ? Nunca entendi... fazer o que....

Anônimo disse...

O amor nunca vem sozinho: tem que comprar o pacote todo...
Há braços!!

Camilla disse...

Nossa, essa mocinha sou eu.
Você andou me seguindo sem a minha devida autorização?? hahaha

Beijos

Adriano Queiroz disse...

Realmente não terá.
Acredito ultimamente em que amor acaba, porque quem crê em amor eterno, tenta mantê-lo, eu quero vive-lo. Livrando-me das posses cada vez mais.

Abraços.

Gustavo Martins disse...

sra. miriam / iara - é difícil de entender que o outro é sempre aquilo que enxergamos no outro (e disso sai cada monstrinho...)

bem resolvida - isto é porque o sentimento de posse não te apareceu junto, ainda

sargento peixoto - temos também predileção pelos finais complicados

mariamélia - então quer dizer que o amor puro e cristalino existe?

fidel - sentir não é possuir. mas o contrário disso está arraigado demais em nosso pensamento pequeno-burguês carregado daquela "verve" latina

nesse aspecto damos a cara pra bater

edu - não, amigão, felizmente. só uma constatação

louise - anda escutando erasmo carlos demais

men li - muito boa a p´roposta do seu blog, viu? vamos encaminhar umas "leituras" perversas; pra começar, procure no google a notícia do chinês que foi preso por cheirar os sovacos das moças no metrô - isso sim é tara!

clau - obrigado pela mensagem, principalmente por o texto ir radicalmente contra aquilo em que você acredita

alta - matou a pau mais uma vez, amigão; uma das fontes da historinha estava justamente aí

(PESSOAL, CONTINUAMOS AMANHÃ PORQUE TÁ UMA LEZEIRA DESTE LADO...)

Alessandra Castro disse...

Por nunca ter sofrido com isso, acho o sentimento de posse extremamente sexy.

Gustavo Martins disse...

flávia batista - você consegue separar? conhecemos alguns privilegiados nesta vida que conseguem (ou conseguiram); você pode não acreditar, mas na grande maioria são mulheres

o que me vier... - obrigado; apareça sempre!

jils - que contrato é esse que te botou fora da blogosfera? daí pra não poder mais sair sozinha é um pulinho

larissa - aí pra mandar embora é um tormento; mesmo porque essas coisas viciam

nin@ - conhece bem essa história né?

fonseca - existe sim, amigo; e infelizmente os hokmens é que se batem mais com essas coisas; vide o noticiário: tem bem mais moças baleadas do que moços com bilaus cortados fora

ragas - pessismo é um alento para leitores mais escolados; não lemos o "via de mão dupla" ainda, amigo, mas que é um título sugestivo...

fernando - tem gente que se fortalece com o sentimento de posse, e manipula, e fica com a sensação de que "fortalece" a relação com isso

taynar - e invariavelmente qual o final real?

extase - mulheres fazem amor e homens fazem sexo (por isso o sentimento de posse); por isso, por mais corporativista que sejamos, ainda preferimos a postura delas

mauro - é como diz aquele ditado popular que a b... é a melhor coisa do mundo, pena que você seja obrigado a levar uma mulher junto (e todas as complicações)

camilla - tudo pode mudar, bela

adriano - tem uma música anteiga, creio que a letra seja do paulo leminski, mas quem tocava era a banda baiana "a cor do som"; "é como a flor / de água e ar luz e calor / o amor precisa para viver / de emoção e alegria / e tem que regar todo dia"; ou seja: o amor precisa de tratamento artificial, precisa ser trabalhado; o sentimento de posse é a erva daninha

mary - tem tanta coisa mais sexy no mundo bela... TANTA

Gustavo Martins disse...

flavinha com preguiça de logar mas que caprichosa que é colocou link do mesmo jeito - tem gente que faz o raio cair duas vezes no mesmo lugar; e já vimos isso algumas vezes em nossa vida que não é tão curtas, mas é distraída

tem que ter muito discernimento e reflexão; e sorte

Anônimo disse...

Respondendo à sua pergunta: não sei se existe... talvez numa outra "instância". Mas o amor humano é exercício, jamais se apresentaria de braços dados com o sentimento de posse. Ao contrário, luta o tempo todo para matá-lo, assim como a inveja, o orgulho, e outras coisas ruins.

Definitivamente, pra mim, o amor não é uma rede cor-de rosa, debaixo de uma árvore, numa tarde ensolarada e regado a caipirinhas. Só que sou uma pessoa estranha, certo?