segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Noivado
Eu só entrava na casa dele quando os pais saíam ou, furtivamente, de madrugada. Um dia colocaram um basta na situação: "Essa menina não pode ser direita!" Foi marcada a contraprova, o dia do holocausto, um almoço no sitio da família (leia mais)
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
São pequenas as chances de se divertir comprando presentes de natal nesta época, mas vamos dar a dica

Então você para (nova ortografia, vejam!) naquele quiosque da Brahma (não tem merchan aqui não) estrategicamente localizado perto da entrada e toma um chopp de 500 ml pra relaxar. E parte para a primeira compra. Sacola na mão, você volta para o quisque e toma mais um chopp.
Entra na segunda loja e, com sua grande habilidade de negociador, consegue um enorme desconto na camisola sexy pretinha que comprou para a amiga secreta da empresa (ela pediu um cedê da banda Calypso).
Volta para o quiosque e toma mais um chopp de 500 para se preparar para o presente do afilhado, mas lembra que tem que voltar para a segunda loja buscar a sacola do primeiro presente que esqueceu lá. Aproveita para pedir o telefone da gostosa da vendedora de lingeries.
Volta para o quiosque para tomar outro chopinho de meio litro e buscar a sacola da camisola da amiga secreta que tinha esquecido lá. Junta todos os pensamentos cada um em sua casinha, pega as duas sacolas e vai comprar o brinquedo educativo do afilhado. No caminho paga um sapo com o papai noel que está irritado no meio da molecada, compra a última e violentíssima versão do GTA para o afilhado e volta para o quisque tomar mais um, porque ninguém é de ferro.
Esculhamba a moça do atendimento do quisque tentando negociar um chopp de graça. Na negativa convence a moça a guardar lá as sacolas e parte para comprar o presente da filhinha, que pediu algo como uma maquininha de fazer tatuagens (de mentirinha, claro!).
Na passagem fura a fila das crianças para que lhe tirem uma foto sentado no colo do papai noel, que não se esforça para mostrar que está contrariado. Ninguém se dignou a fazer a foto e, na iminência de os seguranças do chopp, digo, shopping chegarem, pula fora do colo do velhinho e corre para o banheiro.
Acredita que deu a mijada mais longa da vida. Volta para o coísque (sic), toma mais um chopp para reidratar, compra o livro "Vocação para esposa de cristo" de presente para a filha e vai para o estacionamento. Mas antes dá uma passadinha no quiosque e toma a saideira.
No estacionamento não consegue achar o carro. E com a lei seca vigente, melhor pegar um táxi. Ao chegar em casa lembra que gastou todo o dinheiro com os trocentos chopes e negocia a corrida pelo livro da filha. Lembra que esqueceu os outros presentes no "guarda-volumes" do quiosque da Brahma. Paga a corrida com cheque.
Ao pegar a chave de casa, percebe que esqueceu o livro no banco de trás do táxi. Entende, agora, porque não vou poder dar seu presente em tempo?
*** *** *** DIMPLE BELL'S *** *** DIMPLE BELL'S *** *** ***
Este é o nosso "cartão de natal". Boas festas e um tremendo 2009 a todas as leitoras (aos amigos leitores também), aos amigos e amigas, a todo mundo! Muita paz e amor.
Volte sempre nesta casinha vagabunda e sem presépio nem pinheirinho chamada Mini Contos Perversos!
Fonte da imagem: www.dreamstime.com
domingo, 21 de dezembro de 2008
Convite
Vem trazer teu corpo para brincar com o meu.
:: MicroConto acidentalmente criado pela amiga Carla
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Aftas
Sra. Yfy é uma escritora aprisionada na vida convencional de esposa exemplar e mulher de família. Ela tem sede da vida mundana, de experimentar, mas não tem forças para se libertar das amarras que a sociedade impôs. Encontrou aqui no MCP uma válvula de escape para suas fantasias. Esta é uma das histórias nascidas na angústia da Sra. Yfy.
Joana saiu de casa para virar estrela. Fugiu da cidade com um caminhoneiro que a deixou numa cidadezinha qualquer.
Carne nova no pedaço, foi a estrela da boate da Dalvinha. Durante três anos só andou de táxi e salto alto. Consumiu sua beleza nas mãos de estivadores e caminhoneiros.
Cheia de doenças e vícios, passou a não ganhar nem para andar de ônibus. Realizou seu sonho de virar estrela quando apareceu João Cafetão, que lhe prometeu o céu da sua boca de fumo.
Joana saiu de casa para virar estrela. Fugiu da cidade com um caminhoneiro que a deixou numa cidadezinha qualquer.
Carne nova no pedaço, foi a estrela da boate da Dalvinha. Durante três anos só andou de táxi e salto alto. Consumiu sua beleza nas mãos de estivadores e caminhoneiros.
Cheia de doenças e vícios, passou a não ganhar nem para andar de ônibus. Realizou seu sonho de virar estrela quando apareceu João Cafetão, que lhe prometeu o céu da sua boca de fumo.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
O escriba
Coçou o pescoço com a caneta e sem querer riscou o rosto. Não se preocupou em apagar. Olhou na cama a mulher dormindo e saiu sorrateiramente.
Sentou no banco de praça e começou a anotar tudo que lhe vinha à mente. Quando estava na terceira página sentiu a presença de um intruso. Com uma lâmina em riste o homem, entre ofensas, exigiu-lhe a carteira e o celular.
E como ele se levantou de sopetão, o intruso avançou com o canivete.
Quase por reflexo se esquivou e estocou a garganta do agressor com a caneta. Se afastou caminhando calmamente, ouvindo um borbulho gutural na respiração do homem caído. Ia sentir falta da caneta.
:: 03.12.2008 ::
Sentou no banco de praça e começou a anotar tudo que lhe vinha à mente. Quando estava na terceira página sentiu a presença de um intruso. Com uma lâmina em riste o homem, entre ofensas, exigiu-lhe a carteira e o celular.
E como ele se levantou de sopetão, o intruso avançou com o canivete.
Quase por reflexo se esquivou e estocou a garganta do agressor com a caneta. Se afastou caminhando calmamente, ouvindo um borbulho gutural na respiração do homem caído. Ia sentir falta da caneta.
:: 03.12.2008 ::
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
O plastiquinho denunciador
O Zé estava casadinho, todo cerimonioso, mas não deixava de fazer as suas. Num fim de noitada encontrou a perdição, e moço responsável que era usou camisinha, a coisa certa a se fazer.
Chegou em casa, e pra não fazer barulho foi tirar a roupa no banheiro. Só que não tinha percebido que na hora da bagunça um pedacinho do envelope do preservativo ficou grudado na perna. E quando tirou a calça o plastiquinho caiu e ficou ali dando a maior bandeira do lado da privada.
Na manhã seguinte a mulher do Zé volta do banheiro chutando o coitado fora da cama, esfregando o tal plastiquinho na cara dele.
O fato é que uns dois meses antes ele já tinha passado por uma discussão embaraçosa quando ela achou um paninho semi-engomado embaixo do assento do sofá, aquele usado pelo Zé para limpeza depois das sessões de auto-satisfação. E não tendo muito do que acusar o coitado, a mulher encheu a paciência dele porque achava aquilo muito nojento.
Voltando ao plastiquinho, ainda se recuperando do susto, o Zé não teve dúvida: "Olha, depois da cena que você armou por causa do paninho passei a me masturbar com camisinha. É bem mais higiênico, não acha?"
:: 15.02.2008 ::
Chegou em casa, e pra não fazer barulho foi tirar a roupa no banheiro. Só que não tinha percebido que na hora da bagunça um pedacinho do envelope do preservativo ficou grudado na perna. E quando tirou a calça o plastiquinho caiu e ficou ali dando a maior bandeira do lado da privada.
Na manhã seguinte a mulher do Zé volta do banheiro chutando o coitado fora da cama, esfregando o tal plastiquinho na cara dele.
O fato é que uns dois meses antes ele já tinha passado por uma discussão embaraçosa quando ela achou um paninho semi-engomado embaixo do assento do sofá, aquele usado pelo Zé para limpeza depois das sessões de auto-satisfação. E não tendo muito do que acusar o coitado, a mulher encheu a paciência dele porque achava aquilo muito nojento.
Voltando ao plastiquinho, ainda se recuperando do susto, o Zé não teve dúvida: "Olha, depois da cena que você armou por causa do paninho passei a me masturbar com camisinha. É bem mais higiênico, não acha?"
:: 15.02.2008 ::
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Faça o que eu digo, não faça o que eu faço
Um dia a professora ensinou que voyeurismo é vício (leia +)
Assinar:
Postagens (Atom)