quarta-feira, 30 de julho de 2008
Robervaldo e o Passeio Público II
Só pra lembrar PASSEIO PÚBLICO é um misto de zoológico e parque no centro de Curitiba, inaugurado em 1886 (sim, no século XIX). É popular, sombrio e ponteado de árvores seculares, e uma marginália peculiar ronda a região.
Mais uma do nosso amigo Robervaldo e seus passeios pela região do Passeio. Estávamos em momento de inspiração publicitária, conversa vai, conversa vem, falando de mulher, óbvio. E não se sabe daonde surgiu o papo de travecos, boiolas e similares. Adivinha quem apareceu com uma história?
— Gente tenho uma experiência triste nesse assunto.
— Nossa, o Robervaldo ficou sério. Que foi que aconteceu?
— Sabe como é, eu era solteiro e fui dar minhas voltas lá pelo passeio público.
— Cara não tinha lugar melhor pra ir? Ou era só lá que você conseguia alguma distração?
— Lá era, e ainda é, um lugar legal pra pegar umas minas.
— Na próxima vez que você for me avisa pra eu dizer que vou não ir.
— Vocês querem ouvir a história ou não?
— Manda ver, Robervaldo, já estamos curiosos.
— Então, estava passeando por lá quando vi uma gata, linda, toda gostosa, sentada num banco. Quando ela me viu deu um sorriso discreto. Dei uma volta e passei por ela de novo, ela me olhou, deu mais um sorrisinho e se insinuou bem de leve.
— Tipo te chamou com o dedo pra perto dela? Deu uma piscada e uma cruzada de pernas? Mandou beijinho e deu aquela mexida do cabelo?
— Não, não, ela só me olhou direto nos olhos.
— Nossa! Mulher fatal. E daí o que você fez?
— Dei mais uma volta. [nota do blogueiro: já ouviram falar em footing?]
— Pô, Robervaldo, pára de enrolar. Você queria que ela te pegasse na mão para conversar?
— Tava fazendo charme.
— Continua aí!!!
— Na outra volta, ao passar por ela fiz um sinal tipo "posso falar com você", e ela no ato balançou a cabeça indicando o seu lado no banco. Imagina cara, uma gata, domingo, sozinha no Passeio... e me convida pra sentar!
— Ih, tem coelho nesta cartola.
— Pois é, fui em direção a ela, todo faceiro. Conversa vai, conversa vem, começamos a nos beijar freneticamente. Quando ela pegou nas minhas coxas a arrastei para um banco mais escondidinho. Comecei a passear minhas mãos por aquele corpo maravilhoso, peitos, coxas, o negocio começou a pegar fogo. Aí ela se atracou no meu dito cujo, sinal para eu encher a mão na perseguida. Só que, cara, o volume que tinha ali era maior que o volume na minha calça. Quando eu pulei para o lado assustado ela me disse com aquela voz de Pato Donald: "Ih, tolinho, pensei que você já tinha percebido".
terça-feira, 29 de julho de 2008
Minha Senhora

Ambiente iluminado apenas por uma vela, vejo-A sentar numa confortável poltrona com um consolo atado em seu ventre. Deito sobre um móvel vermelho de costas, pernas abertas e elevadas. Alguém coloca uma venda em meus olhos e me suspende. Resta apenas sentir o que está por vir. E o que veio foi a incrível mistura de ansiedade, dor e prazer, meus gritos e uivos abafados, e uma ereção que quase me leva ao gozo. Mas consigo me conter, um orgasmo sem o consentimento Dela seria imperdoável.
Sinto que vou desfalecer de tanta satisfação, aflito por saber que não vou lembrar do que está por vir.
:: 20.02.2004 :: foto do i162.photobucket.com, com tratamento nosso
domingo, 27 de julho de 2008
Tranca forte
- Não posso ainda.
- Me chupe então.
- Você está me escondendo alguma coisa? Está com cara de safado hoje.
Da cozinha vem o som ameaçador: ela continua o trabalho de afiar a coleção de facas.
:: 23.02.2006 ::
quinta-feira, 24 de julho de 2008
F.A.Q. do MCP
Importante
É sempre bom ressaltar às lindas leitoras e aos camaradas leitores que o MCP é um blog de CONTOS e não um diário ou confessionário, ou seja, o que aqui vai escrito é, a priori, ficção. COMBINADO?
O que é um conto?
Tecnicamente falando, o conto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho), ainda que contenha os mesmos componentes do romance. No inglês, conto já recebe um nome mais direto: short storie (história curta).
Entre as principais características do conto estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou impressão total — da qual abusavam Poe (1809-1849) e Tchekhov (1860-1904). O conto precisa causar um efeito singular no leitor, muita excitação e emotividade.
O que é um miniconto perverso?
É um conto, só que menor. São histórias bem curtas escritas para mulheres inteligentes, pessoas alteradas e para conquistadores baratos e desastrados. Estão classificados assim nos marcadores dos posts.
Nesse mundo acelerado e cheio de informações em que vivemos — e baseados na experiência da propaganda, em que aprendemos a transmitir todo um conteúdo em 30 segundos ou nas poucas linhas de um impresso — sentimos a necessidade reduzir ainda mais, de enxugar ao máximo os escritos. Daí (e da influência do mestre Dalton Trevisan, e seus personagens esquisitos de uma Curitiba sombria) nasceram os minicontos.
O desafio, nos minicontos, é causar o efeito de um conto num espaço menor, ainda deixando parte da história e uma boa dose de reflexão a cargo do leitor.
Ah, sim, a parte dos "perversos" é por causa dos temas e do enfoque dado. Os acontecimentos medonhos narrados com naturalidade. Mas em perversão perdemos de longe para a mídia de massa.
Quem escreve os contos publicados no MCP?
Quem escreve os contos é este projeto de contista (e administrador do blog) chamado gustavão. Baseado em experiência de vida e muita imaginação. Tem casos em que pessoas contam as histórias pra gente, mas aí somos nós que escrevemos e colocamos nosso (rarefeito) talento em prática para transformá-las em MCP. Portanto, são nossos.
Quando o conto não é de nossa autoria, deixamos bem claro ao apresentar o autor, além de assinalar o marcador do post com contribuição.
Mais de uma pessoa escreve o blog? Por que você sempre se manifesta através da primeira pessoa do plural?
Fomos fortemente influenciados pelo Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto). Temos grande afeição por aquele jeito cínico de escrever, e uma parte evidente desse cinismo está na impessoalidade da primeira pessoa do plural. Além disso, temos uma tendência ao egocentrismo, e escrever assim nos comentários é uma forma de atenuar esse defeito de personalidade.
Pra completar, convenhamos que é demais pinchar toda culpa e vergonha desses assuntos indecentes apresentados nos contos num euzinho só. Concorda?
Em alguns contos você escreve como se fosse uma mulher. Você é mocinha ou viadinho?
Não somos mulher nem homoafetivo (não que tenhamos algo contra). Mas nosso grande exercício é tentar entender a mente, as emoções e as paixões complexas das mulheres. Por isso, em muitos casos vestimos essa pele para tentar expressar com maior fidelidade possível o comportamento e o espírito femininos.
Qual o tamanho exato ou ideal de um MCP?
Não tem um tamanho exato, mas a idéia é que sejam perfeitos para ler no computador, no meio de todas as informações que recebemos a cada minuto, entre um e-mail e outro. Ou seja, tem que ter o tamanho de uma tela ou no máximo um pouco mais.
Diferentemente do que parece, quanto menor o conto, mais difícil para o leitor, porque todo o conteúdo das entrelinhas tem que ser deduzido. Existem contos menores que os MCPs, que tomamos a liberdade de classificar como microcontos. São aqueles formados praticamente por um título e uma frase. Mas nestes casos, toda experiência depende praticamente da interpretação (e do esforço) do leitor.
Para quem quer um referencial de tamanho de fora do mundo cibernético, o MCP ideal é perfeito para ler no trono (ou seja, leva o tempo de uma cagada).
O Zé existe? É o escritor ou um alter-ego dele?
O Zé é uma entidade que revive as histórias de conquistas, festas, porres e experiências com entorpecentes experimentadas por nossos amigos, pelos amigos dos amigos e pelo próprio autor. O Zé é o espelho de toda uma geração de hedonistas botequeiros insensíveis e românticos ao mesmo tempo.
Esse blog é só para mulheres inteligentes, pessoas alteradas e/ou conquistadores baratos? [como está nos marcadores]
Negativo. Todo mundo está convidado para esta experiência de leitura, e mais, para compartilhar seus "causos" e impressões nos comentários. Pense no aprendizado que é, para uma mulher bem resolvida, saber dos truques e desventuras de um conquistador barato. E vice-versa. Quantos tropeços deixaríamos de dar.
Os minicontos perversos são piadinhas?
Não são piadinhas. Nosso foco não é o humor, mas o prazer de proporcionar uma boa leitura e de analisar o comportamento humano. Tanto que evitamos finais surpreendentes e sacadinhas. E nos casos em que pescamos alguma similaridade com anedotas, mandamos o conto para o lixão infinito do besteirol virtual.
Quem é o autor?
Gustavo Martins é um contista pequeno. Escreveu e lançou dois livros: MiniContos Perversos & Outras Licenciosidades e MiniContos Perversos 2, paridos neste blog. Antes que você pergunte, não são contos curtos porque é um preguiçoso. Segundo os mini e microescritores, os textos curtos têm mais energia. Largado no mundo, o gustavão gosta de saborear a vida em colheradas grandes. E desse jeito de perceber as coisas vieram as histórias. Algumas recebeu de presente, outras vivenciou: sobre duas rodas, acompanhado do rock e do blues, da cerveja com os amigos e principalmente DELAS, razão de toda beleza e delicadeza que há neste mundão sem nexo.
Quais são as influências do autor?
Já citamos alguns autores, mas repetimos: Charles Bukowski, Dalton Trevisan, Rubem Fonseca, Jack Kerouak, John Fante, Bill Waterson (do Calvin), os russos Tchekhov, Dostoiévski e Górki, João Ubaldo Ribeiro, Cristovão Tezza (queríamos ser o Trapo), Ernest Hemingway, Led Zeppelin, Rolling Stones, Jimi Hendrix, Barão Vermelho (com ou sem Cazuza), Charles Bukowski (mais uma vez), entre outros.
Por que o Minicontos Perversos não acompanha nenhum blog? Babaquice?
O gustavão, autor do MiniContos Perversos, acompanha vários blogs. Principalmente aqueles que estão linkados ali no "Links Quase Perversos", mas há outros bem legais também. O facebook, twitter, o feed e os links resolvem a questão. Agora... como essa coisa de redes sociais se complica a cada dia, hein?
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Garçonnière ISO 9001
Depois de fazer umas contas o Zé percebeu que alugar um apê ficava mais econômico do que a grana que ele estava torrando em motel. É, os namoros estavam rendendo naquela fase.
Achou um apartamentinho com localização ótima e paredes cobertas de espelho (promessa de prazeres metafísicos). Só que um detalhe intrigou nosso amigo: as gavetas do armário eram todas etiquetadas:
- camisetas
- camisolas
- calcinhas dia-a-dia
- calcinhas de sair (a preferida do Zé)
Alguns dias depois, conversando com o porteiro, o Zé descobriu que antes moravam ali duas moças lindas vindas do interior para estudar. Pouco saíam de casa, mas recebiam muitas visitas. "Nossa Zé", disse o porteiro, "aquelas sim eram para casar!"
Esclarecido o mistério, o Zé pensou com seus botões: "E depois usam a palavra zona para designar bagunça. Esta estava mais para empresa certificada em ISO 9001 de tão organizadinha".
terça-feira, 22 de julho de 2008
Pedacinhos de barbante que não servem pra nada
- Essa história de ter que ficar guardando as coisas, organizar tudo... Isso não é comigo.
- Pois é, faz um ano que me mudei, e tem um quarto que até hoje está bagunçado. E está escrito não sei aonde que é MINHA obrigação arrumar... É isso que ela me diz.
- Minha avó era o contrário, adorava organização. Chegou ao cúmulo de manter uma caixinha com uma etiqueta que dizia PEDAÇOS DE BARBANTE - NÃO SERVEM PARA NADA.
- Então, você quer mais algumas caixas para guardar essa tranqueirada toda que você tem aí?
- Foi por causa desse tipo de arranjo que eu me separei. Hoje, com minha namorada, a gente renova sempre nosso contrato de boa convivência. Assim, até esqueço do tempo de casado.
- Tudo bem, e as coisas boas do casamento?
- Às vezes eu lembro. Daí bebo até esquecer.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
O errante e a burguesa
O errante de voz e olhos tristes não se conteve e se aproximou da burguesa com palavras de louvor à vida dela em eterna primavera, à proteção de fortes paredes, ao prazer proporcionado pela porcelana mais fina, "Enquanto o desgraçado aqui, boêmio de meia idade, ensopado pelas chuvas, vago com meu capote roto que mal os ombros me cobre. No instante em que o inverno sopra fora a alma dos comuns, a princesa adormece nua numa estufa dourada."
Ela taxou de zombaria o apelo do errante, "É prisão o conforto em que vivo. Depois da chuva fria o sol brilhará em seu caminho de liberdade. Enquanto eu, nas salas brilhantes, padeço até de experiência de vida." Ao som de uma valsa vertiginosa, a burguesa se percebeu amarrada ao chão: "Você é livre, eu sou escrava!"
:: 07.07.2003 :: baseado no poema O pássaro e a flor, de Castro Alvessexta-feira, 18 de julho de 2008
B.O.
Mas ele não desistiu, quis ser esperto e manter, então, as cinco. Começou a pôr em prática um recurso ilícito. Dava uma bebidinha à namorada que estava na casa dele, ela adormecia, depois ele saía e se encontrava com outra, voltando umas horas depois como se nada tivesse acontecido. Acordava a que tinha ficado dormindo, dando muito carinho... Assim seguiam suas noites, muito corre-corre e algumas doses de diazepam.
Só que a Tati já tinha tomado boleta e percebeu o truque. Uma noite ela trocou a bebidinha e quem dormiu foi ele. Ela levou o que pôde, dinheiro, cartôes e talão de cheques (que jogou no lixo), roupas, bebidas, som, DVD, notebook, colocou tudo no carro dele e foi embora. Claro, antes de sair deu um último beijinho.
:: 29.07.2003 ::
sábado, 12 de julho de 2008
O entregador de pizza
quinta-feira, 10 de julho de 2008
O cachorro que chupava manga
O fato é que tinha uma aluna da quarta série que além de linda tinha reprovado uns anos, ou seja, era quase mulher formada começando a se insinuar. É óbvio que isso endoidecia todo mundo. E como ela não dava bola pra ninguém, os mais velhos chamaram o Zezinho e os amigos e contaram que a musa passava leite condensado na xoxota para o cachorro lamber. Literalmente.
Nem precisou estimular. Os bocozinhos ficaram impressionados e multiplicaram o boato no pátio da escola de um jeito que nem essas correntes de e-mail fazem. E óbvio que a bomba chegou nos ouvidos da beldade. Com toda aquela gostosura precoce ela chegou com jeitinho nos fofoqueiros (todo mundo que estava perto vazou) e perguntou o que eles estariam divulgando. E não é que na inocência eles escancararam a historinha para ela? "Contaram pra gente que você passa (...) É verdade? De que raça é seu cachorro?"
Ela não negou nem confirmou, ouviu tudo silenciosa, deu um sorriso maroto pro Zé e os dois camaradinhas, e a partir dali virou amiga e "consultora" dos três, de um jeito carinhoso, mas que na visão da canalhada que via de fora, "tinha coisa". Uma vingancinha discreta e cheia de dignidade. O Zé e os amiguinhos se deliciaram, mas não precisa dizer que nunca rolou nada com a musa, porque nem na fase da punheta eles estavam ainda.
:: 10.07.2007 ::
terça-feira, 8 de julho de 2008
Deférias
Janeiro
Organizadinho
Fevereiro
Tântrica
Março
Ela tocou o puteiro
Abril
Eu amo Garen Muttin
Maio
Estratégia de fim de festa
Junho
Meu primeiro surto patriótico
Deférias - Enquanto isso uma dica aos que aguardam a grande chance de publicar um livro
Pessoal:
Enquanto estamos de férias (são curtas como os MCPs, podem ficar tranqüilos), e deixamos o blog meio abandonado, fica uma tremenda dica pros amigos escritores. Cliquem no link que é auto-explicativo.
http://www.editorabarauna.com.br/loja/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=16
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Brasileira faz sexo cada vez mais cedo
Quer dizer que a mulherada está acordando às cinco da madruga pra atiçar os maridões e namorados?
Cara de sorte é o Ari

O Ari namora a Mariazinha, estão há sete anos juntos e eu fico esperando o aniversário de oito anos de namoro só para ver se isso é sério mesmo, ou é macumba do Ari. Porque olha, não é possível!
Mariazinha, a namorada, de “zinha” não tem nada. Sabe mulherão? Bunda grande, coxa grossa, seio farto, boca carnuda e cabelo na cintura, coisa de louco! Ela tem tudo que mulher vive querendo tirar e tudo que homem adora meter a mão... e outras partes também.
O negócio não ia ser tão discrepante se o meu amigo Ari não fosse, com o perdão da expressão, “um espirro de pica”, ou seja , baixinho, feio e magro de doer! Pra piorar, ele ainda tem um tipão do interior. Nada a ver com aquela deusa. Como diz o ditado, é muita areia pro caminhãozinho do Ari! E ele sabe disso, desfila orgulhoso com aquele mulherão de dar inveja, chega a estufar o peito, o malandro!
O engraçado eu vou contar, foi o fato que aconteceu recfentemente. Tô voltando do hospital, fui visitar o Ari. Dia 12 de junho foi dia dos namorados e a gata preparou uma noite inesquecível, e põe inesquecível nisso! Comprou lingerie, gelzinho, além de inúmeros acessórios que só de lembrar deixavam meu amigo emocionado. Segundo o Ari, a Mariazinha “tava pro crime”.
O Ari que não é bobo nem nada, levou a moça para jantar e depois direto pro motel, aproveitar a noitada. Diz que começou com um strip-tease caprichado, depois que o bicho já tava tinindo rolou chantily nos peitos e em retribuição um tal de gelzinho nele, que quando ela metia a boca pegava fogo. O Ari estava nas nuvens, loucurada rolando e foi boca lá, perna aqui, 69, de quatro, de frente, de ladinho, até que a moça resolveu sentar no colo... putz, aí deu cagada!
Lembrando... o Ari baixinho, magrinho, fraquinho e a Mariazinha, uma mulher melancia só que mais alta, aquela loucura. O resultado: o Ari quebrou a bacia! Tá lá no hospital, 40 dias estaleirado, não pode mexer nada da cintura pra baixo, até pra ir ao banheiro, tomar banho, tudo, ela vai ter que ajudar. Ah, detalhe, 40 dias mijando na comadre é de ferrar!!!
Sabe o que é pior? A gozada final quem está dando somos nós... Ê Ari, cara de sorte!quinta-feira, 3 de julho de 2008
Motel nem sempre ajuda 2
O Zé trabalhava num setor próximo da Janete. Um dia se encontraram num churrasco de confraternização da empresa (leia-se bebedeira), depois foram a um serv-car à noitinha (lanche depois do churras?) e a coisa rolou. Mas ela era moça direita e ficou com ressaca moral.
Na outra semana o Zé a chamou para sair, para ficarem "mais à vontade num lugar mais discreto". Sim, ele estava namorando e não podia ser visto acompanhado. Não que tenha contado esse detalhe para a Janete.
Ela perguntou que lugar discreto seria esse, disse para ele tirar o cavalinho da chuva com motel que ela não ia transar de novo assim do nada (direito de se valorizar, oras!). O Zé disse que não tinha segundas intenções, que motel era um lugar tranqüilo, bom para conversarem e tomarem umas biritinhas como bons amigos sem serem incomodados. Ela foi enfática: "não vai rolar NADA!" O Zé manteve sua posição, porque é prerrogativa do homem acreditar na fraqueza da carne.
Foram direto do trabalho para o motel e adivinha... ela não deu, não deixou nem ele dar uns amassos direito. Restou ao Zé tomar uns três banhos, fazer bagunça com a água e, pra piorar, a conta ficou alta porque sem nada o que fazer nem muito que falar, eles beberam bastante.
Para coroar a noite, na hora de ir embora o carro não pegou e o Zé teve que pedir ajuda para as arrumadeiras empurrarem até pegar no tranco.
:: 07.04.2008 ::quarta-feira, 2 de julho de 2008
Motel nem sempre ajuda
Mas tem dia sem opção, como quando eu e uma namoradinha que morava em outro estado nos encontramos na praia, numa cidadezinha sem infraestrutura. Fazia tempo que a gente não se via, queríamos matar saudade e curtir carinho. Cometemos o erro estratégico de não ir logo cedo para algum hotel ou pousada, ficamos nos enrolando no boteco e quando resolvemos você-sabe-o-quê passava da meia-noite, até as portarias estavam fechadas.
O jeito foi ir para um motel meio fuleiro. Entramos ressabiados pelo jeito do lugar, cama redonda revestida com carpete, tv só com canal pornô, enfim, íamos bem devagarinho para criar o clima quando ela olhou para a cabeceira e disse com calma "ih, tem uma barata ali espiando a gente". Custei acreditar, afastei o travesseiro e vi a bicha paradinha mimetizada no carpete bordô. Sem ação, sentei e pensei muito no que fazer. Liguei para a recepção e o atendente sugeriu trocar de quarto "vai ali no cinco, a porta está aberta". Entramos no carro fomos direto para a saída:
"Olha, amigo, não adianta mudar de quarto. Não tem mais clima."
"É, mas vocês ficaram lá quase meia hora. Usaram alguma coisa? Vou ter que cobrar."
"Nem tiramos a roupa. E pode ir lá olhar que a barata está na cabeceira da cama."
O cara foi na maior má vontade, ouvimos barulho de chinelada, ele voltou sem dizer palavra e abriu o portão da saída. Imaginei o próximo casal chegando dali a pouco e o porteiro dizendo: "Pode ir no quatro, a porta está aberta."
:: 07.04.2008 ::