segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Balada curta

A fonte era do Nelsão. Veio miada e fraquinha, quase não bateu. Jogamos um sinuca, voltamos pro bar do Altair, tomamos mais duas e deixei o Animal em casa. Daí fui pra casa da Cidinha, que é um comes antigo e que tem uma filha que é modelo e até saiu em uma porrada de revistas. A guria é simplesmente uma das mulheres mais lindas que existem. Quando eu e a Cidinha estávamos esquentando, a filha chegou que só chorava. O pai tinha acabado de a deixar em casa, acho o cara um grande filhodaputa. Daí não tinha mais clima. Tive que ir pra casa e me contentar "assistindo" sex time.

:: 09.04.2003 ::

15 comentários:

Marco Oliveira disse...

Cara, alguma coisa diz que o amigo anda... escrevendo a própria vida em Minicontos.

Nina disse...

Aprenda pra próxima vez: deixe a Cidinha ir tirar satisfações com o ex e leve a filha dela pra sua casa. Pelo menos, dois bem consolados.

Gustavo Martins disse...

Estamos pensando em publicar, daqui a algum tempo, o conto em uma versão bem literal, sem jogadas linguísticas e linguagem cifrada. Mas dá um meeeeeeedoooooo...

Fábio disse...

Essa entidade nefasta, o empata-foda, pode se manifestar de várias formas diferentes.

Nelsão pelo menos chegou com a presença...

Anônimo disse...

Arrisca, belo! ^^

cheiro, ú&e =*

Anônimo disse...

1 fonte de mulher: Nelsão era cafetão. O Zé gostava de apanhar e, pra não ficar na mão, tentou requentar comida.
2 fonte de prazer: primeiro, tentou levar uma do Nelsão. Mas a tentativa foi mixa. Animal em dia de gatinho.

Gustavo Martins disse...

marco - amigo, nada autobiográfico; imagina, tirariam o MCP do ar por apologia!

nina - perfeita sua dica! acontecendo com a gente pensaremos assim

fábio - acertou no fio da meada, amigo; o problema é que a presença, como descrito ali, foi limitada; poucas sinapses aceleradas, os mais fracos acabam indo pra casa antes

sem falar que certas (em)baladas são incômodas se vividas sozinhas

ú&e - seus estímulos são muito bem0-vindos, querida; mas ainda há um certo receio

sabemos as consequências quando leitores atribuem tudo que lêem nos blogs (os acontecimentos, não as narrativas) aos autores...

anônima - tem a fonte de notícia, também; mas em se tratando da turma que conhecemos, pode-se descartas o nº 2

Anônimo disse...

Fonte = erva. Miada = misturada.

Anônimo disse...

Ou pó.

Onanista Juramentado disse...

e o 'contentar "assistindo" sex time'?

Anônimo disse...

O que o filhodaputa fez pra ela chorar tanto? Foi um tapinha ou a falta dele?

Anônimo disse...

Por falar em 'tapinha', quantos tipos existem? Posso dizer que dei um 'tapinha' na fonte miada??????

Gustavo Martins disse...

"fonte" é o cara que trás, o patrão

SENHOR SOBERANO E TODO PODEROSO DO UNIVERSO disse...

la fuente soy yo

Gustavo Martins disse...

Então, aqui escondidinho nos comentários, para os mais curiosos e literatos, para exercício, uma versão literal do conto, meio que em linguagem jornalística:

O traficante era o do Nelsão. A droga* era fraca e veio pouco, quase não deu efeito. Jogamos snooker, voltamos para o bar do Altair, tomamos mais duas cervejas e deixei o André [um lance meio hitchcockiano aqui] em casa. Depois fui pra casa da Cidinha, que é uma amante minha de tempos atrás, que tem uma filha que é modelo e até saiu em diversas revistas. A menina é simplesmente uma das mulheres mais lindas que existem. Quando eu e a Cidinha estávamos nas preliminares, a filha apareceu se descabelando de chorar. O pai tinha acabado de deixá-la em casa, acho o sujeito um grande canalha. Daí não tinha mais clima para sexo. Tive que ir pra casa e me contentar com me masturbar vendo pornografia de butique num canal de TV a cabo.

* Escolha qual quiser, mas o contexto está mais pra famigerada cocaína