quinta-feira, 20 de março de 2008

Doença terminal

Faço sexo, faço e me esfolo toda, mesmo assim não consigo querer outra coisa. Subindo pelas paredes, descendo à base de porrada, sinto um gosto muito amargo. Mas não é o que eu queria sentir. Eu era tão feliz quando desejava só meu homem, acreditava em amor eterno e agora sinto, insatisfeita, que isso é pouco.

Meu desejo e meu corpo, eles têm mais força que minha ética. Pedem por outro, por variedade, não mais aquele das carícias, que me ensinou tudo. Imploram por algo mais carnal, mais sujo, que dilacere esse impulso e, de quebra, minha conduta moral. Estou doente, que deus me ajude!

:: 28.10.2003 ::

10 comentários:

Anônimo disse...

Bom!!!
Gostei da narrativa .rs
Um belo mergulho nos sentimentos de uma mulher em conflito.
O Zé viajou???..rs

Revisora do P... disse...

Já pensou que seu homem é que não está dando conta das suas vontades??

Gustavo Martins disse...

Cara, quase ganhou da crente.

Anônimo disse...

Adorei!Pequena descrição perfeita de uma adicção...mais to achando que é melhor este vício do que o da pasta de dente rsrsrs
Stella

Anônimo disse...

Sem dúvidas esse é um vício mto melhor q o da pasta de dentes, rsssss.Só em uma coisa não concordo: Não há que se nominar o fato como uma doença, pois este, ao menos, proporciona bem estar à protagonista da narração...já a patologia em si...
Nin@

Anônimo disse...

Dia terrível, hoje!
Agora, na minha frente, mulher em conflito, pasta de dente e uma certa patologia que não consegui identificar... Volto amanhã. Beijinhos.

Anônimo disse...

Ai, às vezes você me bate forte, mesmo sem querer... (sabe que era para ser uma metáfora, mas pensando bem, não só!)
Analisando a doença, ainda acredito na cura, pois o amor é bom demais para que se concretize uma vez só (ou duas)!
O maior problema é que cada vez menos as pessoas se permitem sentir, pois muitos preconceitos nos impedem de reconhecer que ele está ali... Tão simples, tão real!
Não sei quantas mulheres compreendem este seu texto, mas poucas têm coragem de admitir que um dia na vida sofreram da síndrome (ou então, que apenas não o fizeram por medo!)
Isso acontece com as mulheres (completas?), principalmente quando descartadas.
E quanto mais são rejeitadas as coisas se agravam, só que um dia tudo passa.
E serão muitas histórias para rir, entre pouquíssimos amigos, afinal não há lugar nesse mundo para pessoas felizes.
Obviamente, quando houver o MEU homem, e MINHAS vontades, estarei curada. Até que este homem deixe de ser meu e minhas vontades sejam sufocadas, aí começa tudo outra vez...
O amor é simples. Mas o melhor de tudo isso é que não é cobrado, e talvez nem falado. É sentido... É exteriorizado em gestos, em carinhos, em olhar, em querer-bem, mesmo sem saber onde está, ou o que faz ou pensa. É aceitar o outro exatamente como é. É percorrer o mesmo caminho sem cansar, até encontrar este outro, mesmo sem saber o que irá acontecer!
Quer saber?
Amo você, puta que o pariu.
E não se preocupe, me amo mais, ok?

Anônimo disse...

And so am I...

e tenho dito

iaiá disse...

olá!

viajando no pára-raio, esperando um novo texto da dra. bridget (ela prometeu para hj), matando o tempo, li o nome do seu blog e resolvi entrar. adorei os textos. ri muuuito com a história da folgada! vai pra pqp, fofa!
mas este aqui nossa! bateu fundo...vem k, tú me conhece??rs
e muito mais ainda o texto da sua amiga anônima.
vou passar aqui mais vezes.
bjs
iara

Gustavo Martins disse...

Sabe, Iara, estamos sempre tentendo entender... Um tanto comprometedor vc se identificar com o "Doença terminal"...

Gostei do seu blog, viu? Vamos adicionar nos "Links quase perversos".