sexta-feira, 5 de setembro de 2008

No cinema não tem problema I

Teve aquela fase em que o grande barato do Zé e da turma era ir ao cinema no domingo e depois na lanchonete comer x-salada, batata frita e banana-split. Isso começou lá pelos 13 anos e durou até a fase em que o pessoal começou a namorar e, como é natural, mudou para cinema em casalzinho em detrimento dos amigos.

E como aquilo que é ruim eles assimilavam rápido, aprenderam, observando os mais velhos, a "fazer zona" no cinema. Sempre davam um jeito de tumultuar a sessão. Um bom começo era, bem na hora em que o filme dá a primeira baixada depois da abertura, soltar um arrotão daqueles de 12 segundos que termina seco, que de tão forte chega a dar eco. Era preciso um bom timing para acertar, mas o cinema quase desmontava depois.

Mas isso era só o começo. Quando se especializaram no assunto, começaram a chegar ao cinema na primeira sessão, assistiam ao filme meio que prestando atenção, davam um jeito de ficar para a sessão seguinte e... cada cena importante do filme era precedida de um comentário em alto e bom som: "se eu fosse o Indiana Jones dava um tiro no cara do chicote" ou "ih, olha o monstro atrás dela".

Os risinhos das meninas eram gasolina para eles, mas a zona durava até o lanterninha expulsar a cambada toda, ou pelo menos os mais salientes. A turma nem se abalava, saía do cinema na maior alegria com a sensação de dever cumprido. Daí, logo depois, na lanchonete, começava tudo de novo.

:: 05.09.2008 ::

28 comentários:

iaiá disse...

aí lembrei dos velhos tempos do cine atlântida, aqui no planalto central.
jogar balinha. e ir dançar footloose lá na frente. sim vi o filme umas três vezes...no cinema. na tv umas 5000.
entreguei a idade? magina...
agora o atlântida, que tinha uma tela enooorme, é uma igreja universal...

iaiá disse...

gustavão,

te ensino. é facinho. bj

Anônimo disse...

Na minha cidade só tem um cinema, e os filmes chegam com um mês e meio de atraso. Maravilha! Só o que resta é aprontar mesmo...

A dica pra colocar link, te mando por e-mail.

Abraço!!!

Índia Jurema Preta, Bicho véio, Filosofo Fabriciano disse...

É interessante que o tempo passa, mas a vontade de aprontar no cinema nunca passa. O que muda é a natureza da arte. hehehehe

Abraço,
Vitinho

Anônimo disse...

Hoje em dia, a experiência "cinema" é uma das maiores torturas sociais a qual um homem pode ser submetido, especialmente quando sua paciência cabe num pote de danoninho, ou seja, vale por uma "bifinha"...

Minha última experiência social desse tipo foi assistindo ao filme "O Último Samurai", alguns moleques começaram a zoar e rir alto, fazendo piadas, etc... Minha mãe shishou (o famoso shhhhhh)eles, e um espertinho a mandou calar a boca. Simplesmente levantei da cadeira cheguei perto da turminha e disse: "Manda minha mãe calar a boca de novo se você é homem"...A molecada ficou sem graça e o cinema inteiro olhava para nós. Vi uma cadeira vazia e sentei ao lado dos pirralhos...menos de 5 minutos depois foram todos embora...queriam apenas zoar e eu os atrapalhei...Agora, cinema, NUNCA MAIS! Ou, no máximo, na sessão das 11:00 da manhã!!!

Abrazzo Ragazzo (ou Ragas)

Gustavo Martins disse...

Começou uma série nova, sobre as peripécias da turma do Zé no cinema. Não são poucas histórias e não serão publicadas necessariamente em seqûência.

Uma delas ficou de fora pois foi publicada antes, mas bem que podia estar na série.

O Zé deu uma esmola e contou o nome do filme que passava na situação: O Exterminador do Futuro. Tudo a ver.

Confiram!

Gustavo Martins disse...

Obrigado ao Jean e à Iara pela dica de como fazer o link. Ficou 10!

Índia Jurema Preta, Bicho véio, Filosofo Fabriciano disse...

o Ragas de sorde de encontrar a turma dos Miguelitos e não do Zé!

Daniel Salles disse...

A mais engraçada que eu já vi no cinema foi meu bom e velho pai, que soltou um arroto memorável durante o Jurassic Park I, bem naquela hora que apareceu o tiranossauro devorando o cabrito, fração de segundos exata entre o arroto e a corrente do cabrito balançando no ar...até o lanterninha deve ter dado risada...rsrsrsrs

Teve uma histórica, com a galera toda no cinema, incluindo irmãzinhas dos amigos sentadas na fileira da frente, na estréia do Star Wars ep I, sala lotada e...do nada rolou uma pegação forte com uma piriguete que tava do lado...o pessoal em volta não sabia se assistia o filme ou a sacanagem, e a menina nem aí, toda faceira com a passagem da manilha...exibicionismo pouco é bobagem...hehehe!

Anônimo disse...

Delícia de ler, isso aqui. Na infância tive muito cinema, na adolescência, nem tanto. Peguei a fase precária do cinema na cidade. As histórinhas, portanto, envolviam vídeos na casa dos amigos. Nas horas em que os pais não estavam, é claro.

Priscila Freitas disse...

Quer me ver nervosa, é ter bagunça qndo eu tô no cinema. Sou uma velha que ama filmes e fico revoltada com a falta de respeito... mas que quando se é criança, esse tipo de coisa é o máximo, isso é.

Bjaooo

Anônimo disse...

Concordo com o Victor.
rsrs
Aprontar no cinema nao tem idade. ;)

Anônimo disse...

Postei um novo conto no http://vandosquebrados.wordpress.com chamado "O Contrato". (perereca da vizinha!! como faço para linkar o endereço?!?!?!)

Espero que vcs acessem, gostem e comentem!!!!!!!!!!

Abrazzo Ragazzo ou Ragas

Taynar disse...

Pô, devo eu confessar: Eu adorava baderna no cinema.
Guerra de pipoca então? Nossa Senhora, era o maior divertimento.
Agora veja a ironia: odeio ir pra cinema, onde estejam mts jovenzinhos, que ficam fazendo as coisas eu adorava fazer...
Roda do destino? =p

Beijos, moço

Erik disse...

Xiii, acho que nasci velho. Nunca gostei de baderna no cinema. Vai ver é porque estava acostumado a ficar quieto na hora que meu pai assistia o Jornal Nacional...rsrs

Erik disse...

Ah, ainda existe lanterninha? Nunca mais vi essa figura foucaultiana... rei do pequeno poder!

Camilla disse...

Cara, o Zé é o máximo!!
As histórias dele são as mais divertidas haha

Beijos

Anônimo disse...

Que coincidencia mesmo.
Pode voltar ao MôBlog sempre que quiser, a porta fica encostada. =]
Eu estarei sempre por aqui.

Ahh! Aqueles olhos são meus sim.
beijosss

Flávia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gustavo Martins disse...

deu um trabalho DO CACETE fazer aquele link; alguém se aventurou?

iara - mas o que tinha o footloose que vc gostava tanto hein? e o cine virou igreja universal? que dizer que "o bem" venceu

jean - ah, mas nem se não tivesse cinema a gente dava um jeito de aprontar

victor - a última foi no the doors, do oliver stone; o zé e os amigas estouraram uns antes pra entrar "no clima" do filme; naquele "plaza" da praça ozório; diz a lenda que ninguém lembra de nada

ssshhhhh,m victor; nunca acorde o gigante antes de saber o tamanho

ragazzo - escreve aí: tem trotura BEM PIOR que ir ao cinema, mesmo que com um bando de adolescentes querendo chamar a atenção; experimenta beber uma taça de vinho e cair numa blitza do bafômetro; depois compara e conta pra gente

mas segundo o zé essa do cara pedindo respeito rolou uma vez; para a filha que perguntou pra ele o que era alguma palavra do tipo "escroto"

fidel (daniel) - teu pai é dos nossos; e teve uma de um primo nosso, neste momento quase memórável, que um dia apostou que conseguia pegar o telefone da menina do lado da mãe dela (isso nos idos de 70, com toda a caretice da época); o cara de pau GENIAL conseguiu

aliás, do que se trata PASSAGEM DA MANILHA?

mariamélia - e o que a cambadinha fazia quando o filme acabava e os pais não tinham voltado ainda?

priscila - é porque não era a turma do zé no cinema da sua cidade

celine - e vc, aprontava o que?

taynar - diz pra gente não que vamos achar que vc tá ficando velha

edu - hoje o que rola é a mais-valia: um lanterninha pra seis salas de cinema; a gente nem vê; mesmo porque, a função era mais de repressão sexual; e quem vai no cinema pra se amassar hj? quem precisa?

camilla - experimente vc escrever algumas dessas; as "portas da contribuição" estão abertas

flavinha - o que vc não pede sorrindo que a gente não faz chorando?

Flávia Batista disse...

affffffffffffff

tá aí uma coisa que eu odeio!!! Essa galerinha que fica fazendo baderna no cinema! Minha amiga queria assistir o Batman na estréia, e eu disse q n ia nem morta, pq ia tá cheio de guri jogando pipoca na cabeça da gente!!!

naaaaaaaannnnn... isso não dá pra mim não!!!

abraços!

Toninho Moura disse...

Que saudades do Cine São José, onde as cadeiras eram de madeira e as pulgas eram amestradas.
Aparece por lá!
Braços!

Taynar disse...

hahahahahaha.

Sou nova ainda, moço.
Dois patinhos na lagoa, de pura formosura. ;)

Mas pra mim, no auge dos meus 12 anos, época em que foi lançado a série "Pânico", cinema só tinha graça com guerra de pipoca e gritos propositais histéricos.

Beijos

Adrielly Soares disse...

racheiii do Zé.
mas não é verdade tudo isso?
homens.
:*

Jaqueline Lima disse...

E era assim que valia a pena. que era divertido. que era gostoso. que era um particular. divido entre toda turma. cinema sempre foi algo interessante. desde as histórias dentro das trelonas(algumas). ou mesmo as que acontecessem fora delas.

Beijo!

Mulher é tudo bandida disse...

Aah quem não teve adolescência uq enão tenha vivido. No meu tempo levavamos um frasquinho com detergente de côco, e iamos assistir filme com cenas picantes.. e cenas picantes para 14 anos tem no maximo a coxa da Sharon Stone no "O Especialista" mas agente ficava gemendo, simulando coitus solitarius da parte de cima do cinema, para criar pânico. Uma vez conseguido, era a hora do gran finale.. retirar o frasco de dentro da calça e apertar lá de cima.. era respingos nos outros, e pernas pra que te quero pra fora do cinema..

Gustavo Martins disse...

flávia batista - replicamos o que dissemos pra taynar aqui em cima: vê ali

toninho - estamos devendo uma visita mesmo; e sem as pulgas não tinha graça, né? como lembrou a Iara, o São José não virou IURD?

taynar - fica fazendo propaganda, fica! daí os leitores stockers do blog começam a te atormentar... aí queremos ver; pode ter certeza que o zé neste momento pode estar fuçando no seu blog

adrielly - segundo o zé, é tudo a mais pura verdade

jaque - uma história que não vamos contar aqui é de quando assistimos DUNA, e porque o cine estava lotado, passamos o filme sentados no chão no corredorzinho que dava acesso ao banheiro feminino (naquele tempo tinha isso de a porta ser dentro da sala, com cortininha, óbvio); não lembramos NADA do filme, mas conseguimos uns três telefones; e antes que alguém pergunte, não, não foi nenhuma dos telefones pra fita

MTB - he-he-hehe-ra-raráRÁRÁRÁRÁRÁRÁRÁRÁRÁRÁRÁRÁRÁRÁRÁRÁ
muito bom! teve dessas também da moçadinha ficar gemendo e tal, mas nunca chegamos à criatividade de levar porrinha sintética; aliás, aguarde a continuação, pois a coisa vai esquentar; afinal, o lance aqui é perversão mesmo

ALIÁS, racionalizando sobre o comentário da jaque, lembramos que o grande barato dessa zona toda era chamar a atenção das meninas, como não podia deixar de ser, tudo era pracumemuié

Unknown disse...

Pelo menos naquela época ninguém atendia o celular durante a sessão... Bons tempos.